Por Jayme Asfora, ex-presidente da OAB-PE O dia de hoje, 16 de novembro, está em minhas memórias afetivas, como um dos mais importantes da minha vida.

Foi nessa data, há 9 anos, que eu e um grupo de atuantes advogados vencemos a eleição para a Presidência da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco.

Com 54,82% dos votos, recebi, a partir dali, a confiança e o apoio de todos os advogados do Estado porque o trabalho passou a ser para toda a classe, sem distinção.

E de lá pra cá fizemos história na nossa instituição, o que não há como negar.

Caminhamos agora para escolher os nossos dirigentes para um novo triênio.

Em campanha, trocamos ideias com os advogados e advogadas, do Recife, Região Metropolitana e do Interior, avançando na construção de uma OAB-PE justa, representativa.

Mostramos quem fez e quem pode contribuir ainda mais com novas e oportunas conquistas.

A Ordem tem tradição e é da nossa responsabilidade contribuir para que a entidade continue a exercer seu real papel na sociedade.

Estamos confiantes e conscientes de que Ronnie Duarte na Presidência da Ordem é a melhor escolha para mantermos nossas conquistas e avançarmos juntos com os novos desafios.

Determinado, trabalhador, independente.

Um grande gestor, com ações aprovadas e comprovadas em suas passagens pela ESA e CAAPE.

Em 2006, nossa campanha não foi fácil.

Sabemos que as disputas eleitorais da nossa entidade geralmente são pautadas pelo acirramento e que determinados comportamentos arranham a imagem da classe e, ainda, da nossa instituição.

E o surgimento da campanha antecipada, com violação de dados pessoais e com excesso de recursos financeiros, realizada por uma das chapas da oposição, foi um mau exemplo, que deve ser combatido, como o abuso do poder econômico em geral nas eleições.

Na minha gestão abracei a campanha “Eleições Limpas” e continuo apostando em pleitos que respeitem a democracia.

Os advogados e advogadas do nosso Estado merecem uma disputa pautada pela ética, sem mentiras e sem enganações.

Temos a obrigação, como profissionais, como dever, zelar pela urbanidade.

E assim também deve acontecer durante a campanha da nossa própria OAB.

Somos combativos.

Atentos e atuantes na defesa das prerrogativas profissionais dos advogados e na defesa da moralidade pública e do aprimoramento das instituições democráticas.

Esse é o papel que institucionalmente nos foi delegado pelo nosso Estatuto que, muito além de carta corporativista, é uma lei: a Lei Federal 8.906/94.

E assim o é devido a importância que a Ordem tem para o País e os advogados têm para a administração da Justiça.

Nossa OAB-PE serve aos advogados e à sociedade.

Assim, historicamente foi, e, assim, deverá continuar.

Mas a OAB só pode fazer isso se não tiver laços comprometedores com os poderes constituídos, incluídos o Legislativo e, principalmente, o Judiciário.

Foi com essa imprescindível liberdade para atuar que lutamos contra o nepotismo, o auxílio-paletó, o excesso de cargos comissionados e reeleição ilimitada e inconstitucional.

Em todos os “fronts”, o bom combate, no agir, legal e impessoal.

Vivendo a Ordem institucionalmente.

Por isso, com a responsabilidade de quem já presidiu a OAB-PE, defendo que um candidato a presidente deve repugnar apoios comprometedores de sua independência no eventual exercício do cargo.

O argumento surrado de que “apoio não se rejeita” não cabe aqui.

Que seja essa a ideia de Ordem que cada um tenha em sua mente ao votar na próxima quinta-feira, dia 19 de novembro.

E, hoje, Ronnie Duarte é quem personifica os ideais que são tão caros aos advogados. É com ele que a Ordem continuará avançando.