Por Luiz Pereira O aumento da violência e da falta de segurança tem deixando a população do Cabo de Santo Agostinho inquieta e assustada.

Ao longo deste ano, várias manifestações foram realizadas pela Prefeitura Municipal e entidades da sociedade civil, visando chamar a atenção para o problema e tentar sensibilizar o Governo do Estado para que aja com mais firmeza e reduza os índices de violência no município e na região.

Apesar dos esforços da atual gestão e da sociedade, as autoridades estaduais parecem não ter se sensibilizado e levado a sério um problema tão grave, que assusta e está numa escalada crescente, por absoluta falta de providência.

A atual gestão já procurou o Governo do Estado diversas vezes para, junto com várias entidades cabenses, levar propostas, fazer reivindicações e apelar por mais segurança, mas até o momento os frutos dessas ações não vingaram, o que é lamentável. É verdade que todos temos responsabilidade no combate à violência, mas a parcela maior dessa tarefa cabe ao Estado, que tem o aparelhamento policial treinado e equipado para agir com mais rigor e força.

Pelo que vimos até agora, parece que não há o interesse devido por parte do Estado para lutar pela paz e garantir mais segurança à população do Cabo.

A população está aflita e espera um tratamento decente e de respeito, na mesma proporção em que o município colabora com o desenvolvimento econômico de Pernambuco.

Mas o Governo parece agir na contramão desses anseios, tendo, inclusive, reduzido drasticamente o número de policiais militares no Cabo.

O município, dentro das suas limitações econômicas, tem feito a sua parte no que diz respeito ao apoio às forças policiais, tem colaborado efetivamente com o Estado.

Basta citar que a Prefeitura viabilizou há mais de 2 anos a doação do terreno em área nobre, às margens da PE-60, para construção de um Centro Integrado de Segurança Pública, que abrigaria várias instituições, e que não saiu do papel.

A Prefeitura também está reformando em Ponte dos Carvalhos o prédio para receber a Delegacia Especializada da Mulher, além de ter cedido o terreno na área central da cidade para construção do novo Fórum da Justiça. É importante lembrar que a atual gestão desenvolve vários programas de grande alcance social, voltados sobretudo para as populações jovens mais carentes, contribuindo com a sua melhor formação e implantando uma cultura de paz nas comunidades.

Também tem investido em iluminação pública, para inibir a ação de marginais em vias públicas e melhoria da mobilidade urbana.Nesse momento,por exemplo,estamos investindo na capacitação da guarda municipal para que ela consiga o porte de armas e assim possa exercer novas prerrogativas concedidas pela lei 13.022, Como se pode ver, o município faz a sua parte, não espera apenas pela ação policial, pois tem consciência das suas responsabilidades.

Diante desse quadro, só resta a Prefeitura vir a público mostrar à sociedade o que vem fazendo para enfrentar e diminuir a violência em nossa cidade, e que o Estado infelizmente,deixa de fazer a sua parte como deveria.

Tudo o que desejamos e fazemos é para garantir um mínimo de cultura de paz no Cabo de Santo Agostinho.

Isto posto, mais uma vez apelamos ao Governo do Estado para que garanta à população o mínimo de segurança, o que a população exige é que o Governador saia da letargia e cumpra o seu dever constitucional de proteger a sociedade que,pela inércia do Estado, se tornou refém da violência.

Que Deus nos ajude na missão de trabalhar para diminuir a violência no nosso município e no nosso País.

Secretário de Defesa Social no Cabo de Santo Agostinho