Levantamento realizado em conjunto pela Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) e TNS Brasil, empresa global de pesquisa de mercado, com 1.000 entrevistas, revelou que 66% acreditam que a situação do País vai piorar, assim como a oferta de crédito (68%), consumo das famílias (72%) e taxa de juros (82%).
Gráfico abaixo: A preocupação em relação ao futuro atingiu também 66%, sendo que somente 18% veem algum sinal de otimismo.
Quando questionados se a presidente Dilma Rousseff conseguirá resolver essas prioridades, em comparação com 2014, os indicativos mostraram pessimismo.
No atual levantamento, apenas 11% acreditam que ela terá êxito no combate à inflação e 6% em uma reforma política - em 2014 o número marcava que 46% de crença no combate à inflação e 43% em uma possível reforma política.
A reforma política é a principal prioridade para os brasileiros, com 27% das respostas.
O combate a inflação, com 24%, além do crescimento econômico apontado por 22% dos ouvidos, também está na lista das maiores preocupações dos brasileiros.
Em relação “à capacidade de fazer compras”, 44% acreditam que vai piorar e o dado também é alarmante na questão da situação financeira pessoal, em que 40% responderam que vai ‘piorar’. 56% disseram que piorou a capacidade de fazer investimentos em carros ou na casa. 84% dos ouvidos pretendem economizar mais em 2015 e, 13% dos entrevistados, não pretendem mudar seu padrão de gasto.
O cenário econômico é outra variável que desperta reflexão: 69% acreditam que o Brasil trafega na direção errada, sendo que somente 14% acredita que o País está no rumo certo.
Quando o tema é emprego, a pesquisa revelou que 36% dos ouvidos não estavam empregados. 28% não se sentem seguros em relação aos seus postos de trabalho e, 36%, diz ter segurança (gráfico I), mas 86% acredita que o desemprego vai aumentar (gráfico II).
Gráficos abaixo: 66% dos ouvidos apontaram ter dívidas e, o cartão de crédito, lidera a lista com 73%.
Em seguida, os carnês (31%), financiamento de carro (21%), imobiliário (15%), CDC (14), leasing (4%) e outros (17%).
Em relação à propensão de tomada de crédito, o consignado lidera com 36%, seguido do automotivo 33%, imobiliário 33% e CDC 32%.
A inflação tem impactado o padrão de consumo de 90% dos entrevistados, sendo que os itens mais atingidos foram lazer 84%, vestuário 80%, alimentação 74%, transporte 46%, saúde 45% e educação 38%. 34% ainda não sabem quando o Brasil voltar a melhorar, mas 18% acreditam que pode ser no segundo semestre de 2016 e 18% só em 2018.