O advogado particular do prefeito Bruno Martiniano, Geraldo Melo Júnior, disse, nesta manhã, no Recife, em visita ao Blog de Jamildo, que os servidores não terão como ser contemplados com aumento.

Eles estão em greve há 40 dias no município. “É inconcebível.

A reclamação (do TCE e MPPE) é que o município extrapolou a LRF, como se pode dar aumento?

O que não depender de recursos financeiros pode ser atendido”, afirmou, citando que poderia ser aceito pedidos de insalubridade e a discussão de um novo estatuto para o servidor.

Internamente, a gestão Bruno Martiniano acredita que a greve dos funcionários é insuflada pelos adversários políticos. “Há oito pré-candidatos na cidade, que querem tomar o poder”, comenta o assessor de imprensa do prefeito, Cláudio Castanha.

Mais cedo, o próprio Bruno Martiniano disse que boa parte das agruras que vem sofrendo está relacionada com as eleições de 2016. “São oito pré-candidatos na cidade.

Alguns não tem voto, mas querem ser candidatos.

Outros querem ser candidatos, mas não podem, como Joaquim Neto, com problemas com a Justiça Eleitoral”, enumerou.

Em Gravatá, Bruno Martiniano diz que não cometeu desvios e culpa crise e herança maldita de Ozano Brito por dificuldades na gestão Nesta sexta-feira, ao menos, o advogado do prefeito informou que a gestão municipal vai pagar o 13º salário sem problemas, depois de já ter pago a primeira parcela na metade do ano. “A folha de pessoal custava R$ 5 milhões e a receita era R$ 10,5 milhões, o que dava um comprometimento de 50%.

Com a crise, a receita caiu para R$ 8 milhões, sem que a despesa pudesse ser reduzida na mesma proporção, o que dá um compromentimento de 60%.

Os números são referentes a janeiro e abril e abril e agosto”, pontua o advogado Geraldo Melo Junior.

Em resposta à crise, conta o advogado, o prefeito cortou o salário e de secretários em 20%, enquanto ainda mandou projeto de lei para a Câmara Municipal fechando cinco secretarias, 30 diretorias e 300 cargos comissionados, ainda em outubro.

O projeto não foi aprovado ainda.

A gestão chegou a pedir aos funcionários em greve que pressionassem a câmara, sem o que o enquadramento mais rápido na LTF pode ser prejudicado.