A vereadora Isabella de Roldão (PDT) deu entrada na tarde desta quarta, na Câmara Municipal do Recife, em um voto de repúdio contra Alessandro Carvalho, Secretario de Defesa Social (SDS) pelo que classifica de “atitude arbitrária” em transferir a delegada Gleide Ângelo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil de Pernambuco.
A delegada Gleide Ângelo deverá ser transferida nesta quinta-feira (12) para uma delegacia em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). “Gleide é reconhecida como peça fundamental em investigações de assassinatos e diversos crimes que ganharam repercussão no Recife e no Estado.
Além disso, é figura notória por desvendar delitos que pareciam indecifráveis”, diz.
Segundo o presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (ADEPPE) a remoção não pode acontecer ao bel-prazer do secretário de Defesa Social. “O servidor tem que concordar com a mudança.
A delegada é dedicada, trabalha com zelo, afinco, não pode receber como prêmio uma remoção indesejada.
Não se pode usar como justificativa a redução da remessa de inquéritos ou o aumento de homicídios”, diz. “É de se saber, ainda, que desde 2013 vigora a Lei nº 12.830 a qual traz as novas prerrogativas e garantias funcionais do delegado de polícia, determinando nesta lei que a remoção do delegado de polícia somente se dá por ato fundamentado.
Assim, não há justificativas plausíveis para que a remoção de Gleide Ângelo para a Delegacia de Olinda se a carência, volume e maior necessidade do desempenho de seu trabalho são no DHPP”, justificou Isabella de Roldão. “A violência contra as mulheres constitui uma expressão da relação de desigualdade entre homens e mulheres. É uma violência baseada na afirmação da superioridade de um sexo sobre o outro, nomeadamente, dos homens sobre as mulheres.
Trata-se de um fenômeno que afeta toda a sociedade, devendo ser considerado o contexto social em que estes atos de violência ocorrem”. “Este caso da remoção não desejada pela Delegada é uma fotografia de como se tratam as mulheres como seres inferiores, desqualificam a sua capacidade, sua inteligência e continuam pensando que o lugar de mulher é no mundo privado. “É inadmissível que a violência contra a mulher e o machismo sejam reproduzidos no espaço onde efetivamente deveriam combatê-los”, diz a parlamentar.
Comento A vereadora está em seu papel em tentar jogar para a plateia, tentando ganhar votos entre as mulheres, usando a imagem da delegada, mas a área de segurança, por ser tão vital e lidar com vidas, deveria estar distante de demagogia baratas.
Ninguém é insubstituível e é bom que seja assim, até para que as pessoas não se acomodem e possam evoluir em sua profissão.
Como é uma boa profissional, a delegada Gleide já deu provas de que vai se desincumbir bem de suas novas tarefas.
Pelo que eu consigo ver do cenário posto.