O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, reuniu nesta quinta-feira (12), em Brasília, os ‘prefeituráveis’ do partido nas eleições municipais do próximo ano.

O senador reuniu-se com a bancada tucana na Câmara dos Deputados para discutir os preparativos do partido para as eleições municipais de 2016.

De Pernambuco, participaram os deputado federais Betinho Gomes e Daniel Coelho.

O líder da Minoria na Câmara, deputado Bruno Araújo, também esteve presente.

Os dois estiveram juntos no cozido de Jarbas, há uma semana. “Considerando a importância das eleições municipais do próximo ano, a direção nacional do PSDB pretende, a partir desse primeiro encontro, iniciar um trabalho de construção de estratégias comuns - ressalvando, naturalmente, as peculiaridades locais - que visem fortalecer as pré-candidaturas majoritárias, mas principalmente as bandeiras e a imagem do PSDB”, explicou o partido.

No encontro, os caciques destacaram que, em resolução assinada pelo senador Aécio Neves, em setembro deste ano, a direção do partido já ressaltara a importância de unificar uma “linguagem de comunicação” que siga a linha partidária e valorize as experiências bem sucedidas, de onde o PSDB é governo, além dos projetos onde o partido planeja ser.

Aécio Neves ressaltou a importância que o partido dará às eleições municipais de deputados federais e estaduais que já se apresentam com potencial para a disputa e disse entende ser importante preparar quadros para que o PSDB saia fortalecido das urnas de 2016.

Durante o encontro, o senador informou que a legenda prepara para o início de dezembro a divulgação de um documento com propostas para ajudar o país a superar a crise econômica e social. “O que estamos fazendo agora, além das críticas, além da correção de rumos que temos aqui cobrado, estamos apresentando propostas.

Vamos, ao final deste ano, na primeira semana de dezembro, apresentar ao país um diagnóstico da gravidade da crise, do que nos espera para o ano que vem, mas principalmente propostas, sobretudo na área social, em razão da gravidade da crise por que hoje passam milhões e milhões de famílias brasileiras”, afirmou o senador, em entrevista à imprensa após a reunião.

Eduardo Cunha Na coletiva, Aécio também explicou a decisão da bancada tucana na Câmara dos Deputados em favor do processo de cassação do presidente da Casa, Eduardo Cunha.

Aécio voltou a afirmar que as explicações dadas pelo parlamentar para as contas que mantém na Suíça foram frágeis diante das provas apresentadas pelo Ministério Público Federal (MPF).

O senador ressaltou, no entanto, que a responsabilidade pela atual crise econômica, social e moral que atinge o país é intransferível e cabe ao ex-presidente Lula, à presidente Dilma e ao PT. “Não temos o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, como uma prioridade do PSDB.

A decisão que tomou a bancada do PSDB na Câmara dos Deputados foi uma decisão correta em face daquilo que foi apresentado à sociedade.

Tanto as provas quanto a inconsistência das respostas a elas.

Na verdade, é preciso que fique claro também que a responsabilidade por tudo que vem acontecendo com o Brasil, a crise econômica, a gravíssima crise social e a crise moral hoje mostrada a todos nós, e a cada dia de forma mais surpreendente pela Operação Lava-Jato, tudo isso é obra do governo do PT. É obra da presidente Dilma e do ex-presidente Lula.

Não podemos perder esse foco”, afirmou o presidente nacional do partido.

TSE O senador anunciou que o PSDB não irá recorrer da decisão do presidente do TSE, Dias Toffoli, de indicar a ministra Maria Thereza para a relatoria das ações de impugnação impetradas pelo partido contra a campanha à reeleição da presidente Dilma.

Ele cobrou agilidade na tramitação dos processos. “Confiamos na ministra Maria Thereza. É uma juíza respeitada e pedimos apenas celeridade no momento em que as solicitações, seja o compartilhamento de provas, e de outras diligências, lá cheguem.

Quero aqui reafirmar que a ministra Maria Thereza tem o respeito do PSDB e acreditamos que ele cumprirá o papel institucional que deve cumprir, até porque já fez isso em outros casos extremamente graves”.