Na última segunda-feira (09), servidores municipais e populares lotaram o Tribunal do Júri de Gravatá para fazer várias reclamações ao promotor da cidade, Epaminondas Ribeiro Tavares, sobre o que alegam ser um suposto “caos generalizado” nos serviços públicos municipais de Gravatá.

Os servidores e aposentados denunciaram que ainda não receberam o salário de outubro da Prefeitura.

Os professores fizeram uma reclamação mais detalhada, depois de apurarem que, em outubro, o município recebeu 2 milhões do FUNDEB, mas a gestão ainda não tinha feito o pagamento dos professores do mesmo mês.

Outra denúncia apresentada ao MP local diz que a empresa que recolhe lixo, que tinha quatro caminhões fazendo o serviço, também retirou três dos caminhões, deixando apenas um para o serviço em toda a cidade.

O motivo seria uma suposta falta de pagamento.

O hospital municipal também vem sofrendo, segundo servidores, descontinuidade dos serviços.

No dia 26 de outubro, o diretor do hospital entregou o cargo, alegando condições “sub-humanas”, no que foi seguido por vários funcionários do hospital.

Os servidores efetivos estão em greve há mais de trinta dias e Bruno Martiniano ainda não teria aberto qualquer canal de negociação, segundo o sindicato.

Os professores, como também não receberam o pagamento de outubro, decidiram iniciar uma paralisação nesta quarta-feira (11).

O promotor Epaminondas Ribeiro Tavares disse na cidade que há vários procedimentos no Ministério Público do Estado (MPPE) investigando a gestão de Bruno Martiniano, sendo muitos deles em estágio avançado.

Ainda disse que há uma intervenção estadual, que pode ser julgada nos próximos dias pelo TJPE.

Em meio a toda esta controvérsia, pela primeira vez desde que o TCE pediu a intervenção, o prefeito resolveu se pronunciar para a população, em duas rádios locais, na próxima quinta-feira (12).

Não se sabe ainda que linha de defesa será adotada.

A intervenção estadual está sendo analisada no TJPE, tendo como relator o desembargador Eurico de Barros Correia Filho.

Ao requerer o afastamento de Bruno Martiniano, em 19 de outubro, o MPPE convergiu com este último protesto da população sobre a gestão.

Em um dos trechos do documento, Carlos Guerra disse que “a sociedade de Gravatá está em pânico, não acreditando mais nos poderes constituídos”.