A equipe de campo e de pesquisas do líder do PSDB na Câmara Municipal do Recife, vereador André Régis, diz que já são seis os projetos de construção iniciados pela prefeitura da capital em atraso.

São pelo menos cinco escolas e três creches que deviam ter sido entregues entre os anos de 2013 e 2014, mas continuam em canteiros de obras.

O gabinete divulgou nesta terça uma relação de obras não entregues e em atraso no setor educacional.

Escola Municipal Santo Amaro (primeiro prazo de entrega era em agosto e o segundo em dezembro de 2014).

Escola Municipal Professor Manoel Torres (anunciada para dezembro/2014), Escola Municipal Professor José Lourenço (indicada para dezembro de 2014), Escola Córrego do Euclides (prazo esgotado em dezembro de 2014), Escola Municipal Córrego do Euclides (estimada para dezembro de 2014), e a Creche Universidade Rural de Pernambuco cujas obras paralisaram desde 2013.

André Régis reclamou que a prefeitura do Recife destina 5,5% do orçamento da Secretaria de Educação para obras e instalações.

Esse percentual consta na planilha do portal da transparência atualizado no último dia 5 de agosto. “Na escola municipal Monteiro Lobato, de tempo integral, as professoras relataram dificuldades em utilizar os materiais do programa de robótica tendo em vista que os monitores vinculados ao projeto foram desligados dos serviços que prestavam”, diz. “Vistoria realizada no último dia 13 de outubro constatou que os materiais da robótica na Escola reitor João Alfredo estavam sendo utilizados para fins recreativos não contemplando as finalidades do projeto.

A situação se repetia na escola Alto do Refúgio Ivan Neves, onde os materiais do programa entregue em novembro de 2014 não podem ser usados porque os professores não receberam treinamento adequado para conduzir as aulas.

As escolas municipais Professor Mauro Mota e Compositor Levino Ferreira, fiscalizadas nos dias 23 e 27 de outubro, respectivamente, receberam os materiais da Lego, mas não fazem uso pelas mesmas razões”, diz o estudo.

O estudo cita ainda mais três escolas. “A escola Monteiro Lobato, mesmo funcionando em tempo integral não conta com parque e quadra poliesportiva, apesar de possuir espaço livre para a construção dessas áreas.

No ato da vistoria, realizada no último dia 21 de outubro, os alunos estavam brincando sobre o telhado da escola enquanto alguns garotos pulavam de fora para dentro do muro da unidade que não conta com pessoal suficiente para dar apoio ao pátio.

Casos como esses são recorrentes na rede porque as escolas não dispõem de equipes suficientes”. “Na escola João Francisco de Souza, inaugurada em dezembro de 2014, os condicionadores de ar já não funcionam e a temperatura nas salas de aula chegava a superar 28ºC.

O prédio, que não possui quadra e parque, apresenta rachaduras e infiltrações.

As vistorias constataram também que a escola Pedrinho dependia do abastecimento de caminhões pipa porque o abastecimento da Compesa foi suspenso, desde maio último, por falta de pagamento das contas de água.

Outra escola, a Sítio do Berardo, também recebeu notificação de cobrança da Compesa”. “A administração da escola municipal Octávio Meira Lins já enviou cinco ofícios à secretaria de Educação do Recife informando sobre rachadura em um dos muros da unidade sem que providencias fossem tomadas.

A escola municipal anexo Casa Amarela continua funcionando em instalações precárias apesar de atender crianças de quatro e cinco anos de idade.

Nela foram registradas temperaturas de 31.6ºC e luminosidade de apenas 52Lux em salas de aula (a luminosidade recomendada é de 200 Lux)”.