Sem alarde, um parecer da Procuradoria Geral do Estado (PGE) autorizou que o novo presidente da Copergás, Décio Padilha, acumule a sua remuneração de R$ 40 mil reais, como auditor tributário da Secretaria da Fazenda, com uma verba de representação de R$ 15 mil reais como presidente da Copergás, resultando em mais de 55 mil reais por mês de remuneração.

A nova remuneração foi aprovada pela Copergás, em assembleia de 24 de setembro, com o voto do acionista majoritário, o Estado de Pernambuco.

A remuneração ultrapassa o teto do funcionalismo público, que é o salário de ministro do STF, atualmente R$ 33 mil reais.

A PGE, contudo, diz que, como a Copergás não depende de recursos do tesouro estadual, poderia pagar o quanto quisesse a Padilha.

Padilha assumiu a Copergás após o presidente anterior, Aldo Guedes, ter que se afastar pelo suposto envolvimento com as acusações da Operação Lava Jato.

Em julho, Aldo Guedes foi alvo de mandados de busca e apreensão em casa e em uma empresa dele durante a Operação Politeia, da Polícia Federal, desencadeada a partir de inquéritos da Lava Jato.