Líder do PSOL, Edilson Silva denunciou a continuidade de pagamentos, pelo governo do Estado, à construtora Odebrecht por manutenção da obra e empréstimo para a Arena da Copa.

Foto: Divulgação.

Por Ayrton Maciel do Jornal do Commercio Um dia depois do governo do Estado prorrogar de novembro para o final de dezembro o prazo para a Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresentar o estudo e uma proposta de solução para a Arena Pernambuco, a oposição na Assembleia Legislativa acusou, nesta quarta-feira (04), a gestão do governador Paulo Câmara (PSB) de continuar pagando parcelas ao consórcio Odebrecht que construiu e administra o estádio da Copa de 2014.

O deputado Edilson Silva (PSOL) denunciou, ontem, que de agosto a outubro o governo liberou R$ 5,25 milhões para a construtora (R$ 1,75 milhão/mês), quando em junho já havia pago R$ 1,65 milhão a título de parcela de Ressarcimento de Investimento na Obra (RIO).

As parcelas foram autorizadas e pagas depois do governo ter quitado R$ 40 milhões no início do ano (R$ 30 milhões em janeiro e R$ 10 milhões em fevereiro), segundo o Portal da Transparência.

A oposição aproveitou a sessão para condenar o Executivo por não interromper os pagamentos até a FGV apresentar uma proposta de saída do custo da obra no erário do Estado. “A Alepe foi convocada a aprovar um ajuste fiscal (aumento de ICMS e IPVA, a partir de 2016) e os servidores a um sacrifício en razão das contas do Estado, mas o governo não te feito a sua parte.

São quase R$ 7 milhões de junho para cá, quando não se paga a terceirizados e se reduz cirurgias eletivas nos hospitais”, repudiou Edilson. “É preciso ficarmos atentos ao orçamento de 2016”, alertou Sílvio Costa Filho (PTB).

Em defesa do governo, o líder da base de apoio, Waldemar Borges (PSB), afirmou que o Executivo aguarda a consultoria da FGV para tomar uma decisão, que pode ser a ida à Justiça. “Enquanto não sai, o governo precisa cumprir contratos.

Tem a parte do empréstimo Banco do Nordeste (BNB) e a da manutenção da obra.

A parte física está suspensa”, disse Borges.

LOA 2016 O Departamento Legislativo da Alepe divulgou, nesta quarta-feira, o número total de emendas parlamentares à Lei Orçamentária Anual (LOA) 2016, após fechamento do prazo às 20 horas de terça-feira (03).

Foram 656 emendas dos 49 deputados, sete a mais da parcial de 649 propostas apresentadas às 18 horas.

A Comissão de Finanças passa a discutir, agora, o mérito da cada emenda.

No dia 2 de dezembro, a LOA irá à votação e será encaminhada para a sanção do governador Paulo Câmara.