Pinato apoiou a eleição de Cunha para a presidência da Câmara.
Foto: Reprodução/PRB Folhapress - O deputado Fausto Pinato (PRB-SP), 38, será confirmado nesta quinta-feira (5) como o relator no Conselho de Ética do processo de cassação contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A informação foi repassada a integrantes do Conselho pelo presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD-BA), que anunciará a escolha em entrevista coletiva às 12h.
Araújo demorou dois dias para se definir entre Pinato e os outros dois deputados sorteados para o caso -Vinícius Gurgel (PR-AP) e Zé Geraldo (PT-PA).
LEIA MAIS: » Manifestante joga balde de notas falsas de dólar na cabeça de Eduardo Cunha » Escolha do relator do caso Cunha no Conselho de Ética é adiada para amanhã » Relator de processo contra Cunha será anunciado às 17h Nos bastidores, o presidente do Conselho, que não é do grupo político de Cunha, chegou a cogitar realizar novo sorteio com o argumento de que contra os três pesavam fatores que os impediriam de relatar o caso com isenção.
Pinato e Gurgel apoiaram a eleição de Cunha para a presidência da Câmara.
Geraldo pertence a um partido que, nos bastidores, discute com Cunha um acordo de não agressão que envolve os pedidos de impeachment de Dilma Rousseff. » Candidatos à relatoria do Conselho de Ética veem ‘evidências’ contra Cunha » Possíveis relatores da cassação de Cunha descartam arquivamento Venceu, porém, a tese de que novo sorteio poderia dar argumentos para Cunha questionar na Justiça eventual resultado desfavorável a ele no Conselho.
Araújo também conversou com pessoas que conhecem Pinato, entre eles o ex-deputado e ex-secretário do Estado de São Paulo Julio Semeghini, para quem Pinato trabalhou.
Pinato é o deputado eleito por São Paulo com o menor número de votos (22.097), tendo obtido a cadeira na esteira do 1,5 milhão de votos de Celso Russomanno (PRB-SP).
Russomanno, que é líder do PRB na Câmara e pré-candidato mais bem colocado à Prefeitura de São Paulo, assegurou ao presidente do Conselho que não haverá arquivamento sumário do processo contra Cunha e que o caso será relatado com absoluta isenção e sem concessões a pressões.
O PRB, porém, é um dos partidos que dá sustentação política a Cunha, apesar das acusações de envolvimento do peemedebista com o esquema de corrupção da Petrobras.