Para André Régis, no lugar de gastar R$ 70 milhões na implantação deste programa, melhor seria colocar ar condicionado na rede.

Embora reconhecendo o voto de aplauso aos alunos da rede pública que ganharam a Olimpíada de Robótica de Belo Horizonte, Minas Gerais, o vereador André Régis (PSDB) criticou o programa instalado em algumas escolas da rede municipal, afirmando que a maioria não funciona porque não há nelas infraestrutura para receber o Lego (programa de robótica).

Para ele, no lugar de gastar R$ 70 milhões na implantação deste programa, melhor seria colocar ar condicionado na rede.

Lembrou ainda que cada aluno custa cerca de R$ 800,00/mês, mais caro que escolas particulares.

Esse valor se diferencia do informado pela Secretaria de Educação que afirmou ter investido R$ 32 milhões no programa, que atende desde as crianças das creches até os jovens do 9º ano do Ensino Fundamental – estes últimos aprendem até a programar os robôs. » Alunos da rede municipal do Recife são campeões da Olimpíada Brasileira de Robótica Ele sugeriu ainda a criação de uma comissão de parlamentares para visitar as escolas aonde o Lego está “encaixotado”.

A comissão será composta pelos vereadores, além de do próprio André Régis, Michele Collins (PP), Romerinho Jatobá (PR), Davi Muniz (PEN) e Marco Aurélio (SDD) para visitar as escolas.

Marco Aurélio argumentou que hoje era dia de festejar, pois não é sempre que se pode comemorar um feito como este. “Esse programa mudou a vida dos alunos.

Conheço as criticas que o colega faz, mas hoje é dia de comemorar.

Recife saiu na frente”.

Mas Jurandir Liberal (PT), embora parabenizasse os alunos por terem ganho o primeiro lugar, concordou com as críticas feitas pelo colega sobre os problemas de estrutura apresentados pela rede municipal.

Para ele, o prefeito pegou carona na vitória dos alunos para fazer marketing dele e da administração.

Já Davi Muniz também parabenizou os alunos mas disse que concorda em parte com as críticas tecidas pelo colega. “Com o dinheiro investido no programa seria possível terminar os Cmeis e iniciar outras escolas.

Os locais onde as crianças estudam são verdadeiros caldeirões de calor”.