Sem alarde, o vice-governador Raul Henry (PMDB) adiou, para 31 de dezembro, o prazo para o grupo de trabalho do Governo do Estado apresentar a posição oficial sobre o contrato de concessão da Arena Pernambuco.

O motivo oficial foi a prorrogação do prazo para a Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresentar seu parecer sobre a viabilidade financeira da Arena.

A FGV terá agora até o dia 2 de dezembro para a sua manifestação, caso não haja outro adiamento.

O grupo de trabalho, instituído por Raul Henry, está trabalhando desde fevereiro, mas não apresentou ainda nenhuma solução para a Arena Pernambuco.

Em contrato, o Estado se obrigou a repassar elevados valores para o concessionário da Arena, em caso de frustração das receitas do empreendimento, o que tem ocorrido desde a inauguração.

A única medida tomada pelo Estado foi um contrato sem licitação com a FGV, para um estudo do negócio, mas o primeiro prazo deste estudo foi ultrapassado e prorrogado até dezembro.

A Polícia Federal (PF) deflagrou, em 14 de agosto, a Operação Fair Play, investigando o contrato de PPP da Arena Pernambuco.

No dia, o Blog de Jamildo revelou, com exclusividade, que o contrato questionado pela PF tinha sido assinado pelo ex-governador Eduardo Campos e pelo ex-procurador geral do Estado Tadeu Alencar (PSB), atual deputado federal.

Exatamente uma semana após a deflagração da Operação Fair Play, Raul Henry assinou a portaria 20/2015, de 21 de agosto, pela qual não mais precisará assinar nenhum contrato ou aditivo da Unidade de PPPs do Estado.

Agora, todas as assinaturas sobre PPPs serão do seu chefe de gabinete, André Gustavo Carneiro Leão.