Proposta que está na CCLJ quer combater violência contra a mulher através da popularização do disque-denúncia 180.

Foto: Divulgação/Alepe Por Ayrton Maciel do Jornal do Commercio O serviço disque-denúncia de violência, abuso e exploração sexual contra a mulher pode passar a ter a sua divulgação obrigatória no Estado de Pernambuco.

Projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa quer popularizar o disque-denúncia 180, determinando a obrigatoriedade de divulgação do serviço em hotéis, pensões, motéis, pousadas e demais locais de hospedagem.

A proposta inclui, também, a divulgação em bares, restaurantes, lanchonetes e similares, além de casas noturnas de qualquer natureza.

Apresentado pelo presodente da Comiussão de Finanças e Tributação da Alepe, Clodoaldo Magalhães (PSB), o projeto prevê a afixação de placas de divulgação do disque-denúncia 180 ainda em clubes sociais e associações recreativas ou desportivas, agências de viagens, salões de beleza, casas de saunas e massagens, academias de dança e ginástica, locais de transportes de massa e veículos em geral destinados ao transporte público estadual.

Os estabelecimentos deverão afixar placas informativas contendo o número de telefone do disque-denúncia e com os a frase “Violência, abuso e exploração sexual contra a mulher é crine.

Denncie.

Disque 180”.

O deputado acrescenta ao rol de estabelecimentos obrigados a fazer a divulgação os postos de autoatendimento e de abastecimento de veículos, locais de acesso público localizados junto às rodovias e edifícios comerciais ocupados por órgãos do Poder Público estadual ou que prestem serviços públicos. “Em 2010, Pernambuco ocupava a 10ª no ranking de violência contra a mulher.

Em cada 100 mil mulheres, 5,5 eram assassinadas por ano no Estado.

Recife era mais grave, ocupava a 6ª posição no ranking das capitais, com taxa de homicídios de 7,6 a cada 100 mil mulheres por ano.

A situação parece não ter mudado tanto nos últimos anos.

Em 2014, as unidades de saúde do Estado notificaram 4.744 casos de violência contra as mulheres na faixa etária de 20 a 59 anos”, justifica a proposta o deputado Clodoaldo Magalhães.