Foto: Divulgação O líder do Democratas na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), e o líder da oposição no Congresso Nacional, deputado Pauderney Avelino (AM), protocolaram, na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) e na Mesa Diretora da Casa, requerimentos de informação para ouvir explicações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sobre a exposição dos bancos estatais à Petrobras, seus fornecedores e demais empresas do setor de óleo e gás.
Avelino lembra que, seguindo padrões e recomendações internacionais, o Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central do Brasil estabelecem diversas normas prudenciais com o intuito de garantir a solidez do sistema financeiro nacional. “Dentre as normas, podemos citar aquelas relacionadas ao limite de exposição por cliente e setor econômico”, destaca.
LEIA TAMBÉM: > Para Mendonça Filho, resposta de Eduardo Cunha a pedido de impeachment deve ser rápida > Ex-sócio de Eduardo Campos teria negociado propina de R$ 20 milhões na Petrobras, diz delator “Aqui o objetivo é evitar a concentração excessiva da carteira de crédito das instituições financeiras.
Esses limites se aplicam a qualquer instituição, inclusive aquelas sob controle do Tesouro Nacional”, acrescenta o deputado.
Já o líder Mendonça Filho argumenta que, tendo em vista a delicada situação financeira da Petrobras, agravada pelas investigações conduzidas no âmbito da Operação Lava Jato, surgem dúvidas quanto à dificuldade da empresa em obter recursos no mercado. “Portanto, isso levanta questionamentos quanto à conveniência de instituições financeiras estatais continuarem a financiar a empresa”, sublinha. “Seriam essas instituições a alternativa que resta à empresa?
Não estariam as carteiras dos bancos oficiais muito concentradas na Petrobras e em outras empresas da cadeia de óleo e gás?”, questiona. “Por isso é fundamental que o ministro Levy e o presidente Tombini respondam a esses e outros questionamentos que elencamos em nossos requerimentos”, diz Mendonça.