Apesar de não deixar claro que o PSDB irá disputar a Prefeitura do Recife em 2016, o presidente do partido, deputado Antônio Moraes, alegou que a legenda tem condições de disputar as principais prefeituras pernambucanas.
A indefinição vai de encontro a posicionamentos recentes do deputado federal Daniel Coelho, que, no início do mês, reafirmou sua candidatura na posse festiva de Joaquim Francisco. “O PSDB precisará, no ano que vem, discutir suas propostas para as cidades do Estado e a gente quer construir uma proposta consistente para as cidades", disse na ocasião.
Segundo Moraes, as alianças do PSDB com os demais partidos da base do governo de Paulo Câmara (PSB) serão avaliadas considerando as questões locais. “Qualquer partido só cresce se disputar eleições majoritárias.
Há uma determinação da executiva nacional para que, em todas as cidades com mais de 100 mil habitantes, o PSDB tenha candidatura própria a prefeito.
O que pondero, e claro que essa não será uma regra que se aplicará em 100% das cidades, é que em algumas a gente terá que fazer composição com o PMDB, com o PSB, ou qualquer outro partido em função das questões locais.
O que vai prevalecer é o que será melhor para o PSDB”, observou.
LEIA TAMBÉM: > Mirando Prefeitura de Olinda, Izabel Urquiza reforça PSDB para 2016 > Aline Mariano desafia Daniel Coelho e diz que fica no PSDB e na PCR de Geraldo Julio O presidente do PSDB-PE recebeu do senador Aécio Neves, dirigente nacional da legenda, a tarefa de dar a palavra final nas conversas que vêm ocorrendo na construção do caminho que o partido irá percorrer nas eleições do próximo ano.
De acordo com o deputado, a legenda está estruturada em 150 dos 184 municípios pernambucanos, incluindo diretórios e comissões provisórias.
Em pelo menos 50 cidades, o partido deve reunir condições de disputar a eleição com candidato próprio e em muitas com quadros competitivos.
Ele falou da procura por filiação no PSDB e aproveitou para alfinetar o PT. “A gente tem sido muito procurado.
Eu falo sempre da dificuldade que era ser deputado do PSDB em Pernambuco ou em qualquer outro estado do Nordeste quando Lula e Dilma eram verdadeiros deuses, benfeitores do povo, paladinos da moral e da ética.
Naquela época, o PSDB era satanizado.
Depois a gente viu quem era amigo dos ricos, quem ganhou dinheiro com eles.
Recebi recentemente quatro pesquisas feitas no interior onde a rejeição à presidente Dilma varia de 88% a 90% em municípios pequenos e de médio porte.
Comparando com consultas feitas no ano passado observamos que houve uma inversão dos números: antes, esses percentuais eram de aprovação.
Houve uma mudança muito grande”.