Integrante da CPI do BNDES, o deputado Betinho Gomes (PSDB-PE) classificou nesta quinta-feira (22) como golpista a tentativa de alguns parlamentares da base governista que entraram com reclamações no colegiado questionando a aprovação de quebra de sigilos de empresas ligadas ao governador de Minas, Fernando Pimentel.

A Polícia Federal suspeita que o governador mineiro era o destinatário final dos recursos pagos à consultoria OPR e a outras empresas sob sua influência.

O caso é investigado no âmbito da Operação Acrônimo.

Por causa do foro privilegiado do governador, o processo corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O parlamentar pernambucano é autor de requerimento que pede o compartilhamento de informações fiscais, telefônicas e bancárias da OPR Consultoria Imobiliária.

Investigadores e membros do Ministério Público, que atuam na operação Acrônimo, desconfiam que a empresa pertença ao ex-ministro do Desenvolvimento e, hoje, governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT).

A quebra foi aprovada no último dia 8 de outubro. “É um golpe o que alguns dão aqui para tentar anular a legítima aprovação de requerimentos de quebra de sigilos da OPR e da Pepper.

Com isto, a base manobra e tenta impedir a investigação do senhor Fernando Pimentel por este colegiado.

O plenário da CPI é soberano e seguiu todos os trâmites regimentais”, afirma o parlamentar da oposição.

Betinho Gomes lembrou que os pedidos de quebra de sigilos foram aprovados, por unanimidade, graças a um acordo fechado entre parlamentares governistas e de oposição. “É preciso lembrar que, além de todos os trâmites regimentais e constitucionais que foram obedecidos pela CPI do BNDES, a OPR está na mira da Operação Acrônimo, que investiga suposto tráfico de influência naquele que é o maior banco de fomento da América Latina”, acrescentou o deputado pernambucano.