O caso da mulher Maria Luciene dos Santos, nomeada pelo prefeito Vado da Farmácia para seu gabinete e que o MPPE afirma que era servidora fantasma, de acordo com uma petição assinada pela promotora de Justiça Alice de Oliveira Menezes, pode não ser um caso isolado.

Um dia depois de o PSDB ter anunciado que iria solicitar a ampliação da investigação do caso da babá, acusada de receber emprego público sem trabalhar na gestão de Vado da Farmácia, para toda a folha de comissionados e contratos temporários na prefeitura, a vice-prefeita do Cabo, Edna Gomes da Silva, sem partido, rompida com Vado da Farmácia justamente por conta da não nomeação de comissionados em seu gabinete, acusou o prefeito do PTB de manter funcionários fantasmas na folha de pessoal. “Enquanto Vado não cumpre as determinações judiciais do gabinete do vice, nomeia pessoas que não trabalham na gestão municipal”, reclama, referindo-se à briga judicial, no TJPE.

A vice-prefeita lista como exemplos quatro funcionários, sendo dois deles radialistas locais, uma ex-miss e uma terceira contabilista.

Sueny Barros é nomeada como cargo comissionado na gestão, mas trabalharia realmente no escritório de contabilidade do pai, em Ponte dos Carvalhos, conforme ela mesma diz na sua página do facebook.

O segundo caso seria o do empresário Carlos Cunha, nomeado na prefeitura desde 01 de junho de 2013, com salário R$ 7.500. “Segundo ele mesmo diz no facebook, trabalha em duas empresas: Abraço Pernambuco e Ponte FM.

Como pode dar expediente na prefeitura para justificar salário de 7,5 mil reais?

Nunca deu um dia de serviço.

Esse cidadão tem programa de entrevistas e recebe para falar bem do governo”, afirma.

O terceiro caso seria o de Doalcey Francelino, conhecido por Dudu Lima, locutor da Ponte FM, onde tem um programa de entrevistas políticas das 8:30 às 11:00. “Ganha sem trabalhar.

Era um crítico feroz do prefeito numa rádio local e foi premiado com o cargo para ir para a comunitária de Carlos Cunha para falar bem de Vado, com R$ 4,600 de salário, como gerente”, diz.

No meio da leva de funcionários fantasmas, haveria ainda uma ex-miss Cabo, também nomeada na PMC, no gabinete de Vado. “Com salário de R$ 7500,00 nunca deu um dia de serviço. É assessora especial de Vado e tem nível de secretário executivo” Entenda a polêmica inicial com a babá Nesta segunda, o Blog de Jamildo revelou que, em uma ação enviada a Justiça na semana passada, o Ministério Público do Cabo acusou o prefeito Vado da Farmácia de improbidade administrativa.

Veja agora os documentos oficiais do caso.

O motivo do pedido do MPPE, assinado pela promotora de Justiça Alice de Oliveira Menezes, seria dar emprego, com dinheiro público, a uma baba de um neto seu.

Nomeada com um salário de quase R$ 5 mil, chamada a depor, Maria Luciene dos Santos, disse que só ficava com pouco mais de R$ 1 mil.

Depois, aceitou devolver o dinheiro.

Os documentos do MPPE do Cabo Após a denuncia, também foi exonerada pela prefeitura.

No meio da investigação, o MPPE descobriu que a baba era bastante generosa.

Mesmo sem recursos, comprou e doou ao filho do prefeito uma moto milionária, no valor de R$ 50 mil.

Para esclarecer a operação, o MP pede a quebra do sigilo da mulher e do prefeito, no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2014.