Foto: Valter/Campanato/Agência Brasil Da Folhapress O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou nesta quinta-feira (22) que o governo deve fixar em aproximadamente R$ 50 bilhões o tamanho do deficit primário previsto para este ano.
Segundo ele, o número equivale a cerca de 0,7% a 0,8% do PIB (Produto Interno Bruto). “A gente não sabe se vai se concretizar ou não, mas a estimativa de R$ 50 bilhões está colocada”, disse.
Segundo a reportagem apurou, o numero que estava sendo fechado pela equipe econômica variava entre R$ 55 e R$ 57 bilhões.
Para Wagner, os R$ 11 bilhões relativos a leilões de 29 hidrelétricas estão incluídos no valor total dos R$ 50 bilhões.
Caso esse dinheiro se confirme, o deficit será menor.
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Se entrar dinheiro, diminui.
Se não entrar, mantém”, afirmou.
O ministro disse ainda que as dívidas com os bancos públicos, as chamadas “pedaladas fiscais”, não estão contemplados no cálculo de R$ 50 bilhões.
O TCU [Tribunal de Contas da União] rejeitou as contas do governo relativas a 2014 e pode determinar o pagamento de R$ 42 bilhões relativos às “pedaladas fiscais”. “Em relação ao atraso dos bancos, vamos resolver, mas não está nisso aqui [R$ 50 bilhões].
Depende de como o TCU vai decidir, se permitirá o parcelamento.
Se ele disser que precisa pagar tudo, vamos fazer”, disse.
Com a nova meta fiscal, o governo federal assume que registrará pelo segundo ano consecutivo deficit primário.
No ano passado, o rombo foi de 0,63% do PIB, equivalente a R$ 32,5 bilhões.
O ministro participou nesta quinta-feira (22) de cerimônia de sanção presidencial de lei que prorroga as concessões de lotéricas sem licitação.
A expectativa é que a divulgação do deficit fiscal seja nesta sexta-feira (23), mas setores do governo federal defendem um adiamento.