Foto: divulgação Estadão Conteúdo - Em reunião com alguns líderes da oposição nesta quarta-feira, 21, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não deu um prazo específico para decidir sobre o novo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff protocolado pela manhã, mas “colocou de forma muito clara que seria um prazo muito curto”.
A informação é do líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), um dos que participaram do encontro.
Segundo ele, a expectativa da oposição é de que o processo seja analisado pelo peemedebista até o fim de novembro.
LEIA MAIS: » Cunha recebe novo pedido de impeachment de Dilma » Oposição promete ignorar STF e recorrer a plenário se Cunha indeferir impeachment Além do democrata, participaram da reunião no gabinete de Cunha os líderes do PSDB, Carlos Sampaio (SP), e o líder da minoria, Bruno Araújo (PSDB).
De acordo com Mendonça, o encontro serviu para tentar traçar um cronograma para análise do pedido de impeachment pelo presidente da Câmara.
A oposição, disse o líder do DEM, argumentou que é preciso um “rápido” processo de deliberação.
O líder do PSDB, por sua vez, se mostrou confiante de que o presidente da Câmara vai deferir o pedido de impeachment de Dilma.
Para Carlos Sampaio, Cunha tem “todos os elementos” para autorizar a abertura do processo de afastamento da petista. » Ninguém se mantém no cargo com liminar do STF, ironiza Gilmar Mendes » Oposição cobra que Eduardo Cunha apresente recurso ao STF sobre rito do impeachment O tucano avaliou que, enquanto o peemedebista não renunciar ou se licenciar do cargo, possui “legitimidade e prerrogativas” para deferir ou não o pedido. “Defendo afastamento de Cunha, mas existem fatos tão graves ou mais por parte da presidente Dilma”, disse.
O tucano também rebateu declaração de Dilma na recente troca de farpas entre ela e Cunha.
Nessa terça-feira, 20, na Finlândia, a presidente disse que seu governo não estava envolvido em escândalo de corrupção, como afirmou o peemedebista no dia anterior. » Cunha prioriza recurso ao STF e deixa de lado análise de pedidos de impeachment “As pessoas que estão envolvidas estão presas, e não é a empresa Petrobras que está envolvida no escândalo”, sustentou a petista. “Ela se confundiu.
O que ela quis dizer é que, em toda essa corrupção, não tem governo”, avaliou Sampaio.