Foto: Lula Marques/ Agência PT Líderes de partidos da oposição ao governo Dilma Rousseff protocolaram na manhã desta quarta-feira, 21, um novo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Deputados do DEM, PSDB, PPS e Solidariedade chegaram à Câmara dos Deputados empurrando um carrinho com o relatório acomodado em três pastas volumosas.

Após protocolar o pedido, os parlamentares iniciaram uma reunião com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O novo pedido de afastamento estava previsto para ser entregue na última sexta-feira.

A entrega, entretanto, acabou sendo adiada para hoje, já que os líderes da oposição queriam anexar como justificativa do afastamento alguns decretos presidenciais que previam aumento de gastos neste ano sem autorização do parlamento.

Esses decretos são considerados pelos líderes oposicionistas como indícios de pedaladas fiscais no atual mandato.

Havia o receio de que ele estivesse blefando, conforme nota da coluna de Mônica Bergamo desta quarta. “E o presidente da Câmara sinalizou a parlamentares de oposição que vai “tocar adiante” a proposta de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Cunha chegou a dizer a alguns, nesta semana, que deu “petelecos” no pedido assinado por Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr. para que ficasse mais fácil, do ponto de vista jurídico, dar seguimento à propositura.

Em uma das conversas, segundo relatos, ele chegou a dizer que não fecha acordo com o governo porque “o que esses caras [ministros do PT] combinam sentados não cumprem em pé”.

Dirigentes de partidos de oposição, no entanto, desconfiam de Cunha.

Acreditam que ele apenas “blefa” para assustar o governo”, escreveu a jornalista.