Em visita à Finlândia, nesta terça-feira, Dilma não se furtou a falar da crise política, estimulada pelos jornalistas presentes.

Os jornalistas destacavam ou esforço de Dilma em levar adiante uma agenda positiva, mas na Suécia viu-se a preocupação dos suecos com a crise política e econômica no Brasil, uma repercussão internacional.

Como hoje seria apresentado um novo pedido de impeachment na Câmara, os jornalistas perguntaram se as crises política e econômica não chegaram ao ponto de inviabilizar as ações do governo?

E até que ponto a senhora teme ou até que ponto se preocupa com esse novo pedido de impeachment? “Eu acredito que o objetivo da oposição pode ser inviabilizar a ação do governo.

Mas a ação do governo não vai ser inviabilizada pela oposição.

Faça ela quantos pedidos de impeachment fizer.

Nesse sentido, de outro lado, eu concordo que pode haver alguma preocupação, de quem quer que seja, inclusive no caso você está citando na Suécia, a preocupação dos jornalistas suecos, ela não prevalece na medida em que o Brasil tem todas as condições de pagar.

Nós estamos enfrentando a crise como vários outros países da União Europeia estão enfrentando, como os Estados Unidos enfrentaram.

Isso não inviabilizou ações de governo”, declarou.

Dilma também foi questionada se o novo pedido de abertura do processo de impeachment poderia afetar a credibilidade da economia. “Nós estamos reconstituindo a base política de sustentação do governo e é absolutamente garantido que nós iremos ultrapassar essa crise”, afirmou.

A declaração mais surpreendente entretanto foi a resposta que ela deu ao presidente da Câmara, que disse ontem lamentar que o governo brasileiro estivesse envolvido no maior escândalo de corrupção do mundo. “Eu não vou comentar as palavras do presidente da Câmara.

O meu governo não está envolvido em nenhum escândalo de corrupção.

Não é o meu governo que está sendo acusado atualmente”, afirmou.

Os jornalista perguntaram se A Petrobras não fazia parte do seu governo? “As pessoas que estão envolvidas estão presas.

E não é a empresa Petrobras que está envolvida no escândalo, são pessoas que praticaram corrupção e elas estão presas”, afirmou Dilma.