Foto: Reprodução/Internet Estadão Conteúdo - A companhia norueguesa Sevan Marine, citada na Operação Lava Jato, informou nesta sexta-feira (16) que investigações internas encontraram indícios de pagamentos indevidos para obtenção de contratos com a Petrobras.

Em comunicado oficial, a empresa diz que contratou o escritório de advocacia Selmer para apurar denúncias após notícias da imprensa brasileira levantarem suspeitas sobre as operações da companhia no país.

LEIA TAMBÉM: > Mesmo com fatiamento, ‘vamos desvendar o que aparecer’, diz delegada da Lava Jato > Ministro do STF manda soltar executivo da Odebrecht preso na Lava Jato > Vem Pra Rua faz atos de apoio à Operação Lava Jato neste sábado Segundo a empresa, as investigações concluíram que “é mais provável do que não” que tenham sido feitos pagamentos ilegais para a obtenção dos contratos das plataformas Sevan Piranema, Sevan Driller e Sevan Brasil, que foram assinados entre 2005 e 2008. “Há indicações de transações e atitudes suspeitas”, diz a nota.

O escritório Selmer teve acesso a documentos e entrevistou “pessoas-chave”.

Os resultados foram entregues a autoridades norueguesas para investigação e processo por crime econômico e ambiental, informou a companhia.

A Sevan diz que os atos irregulares foram praticados por pessoas que não estão mais na companhia, que passou por um processo de reestruturação em 2011, com separação de unidades e venda de ativos.

A empresa informou ainda que permanece investigando outra denúncia surgida durante a Operação Lava Jato, de que executivos da companhia tiveram acesso a informações privilegiadas e ganharam dinheiro em bolsa de valores. “A Sevan não tolera a corrupção e se dedica a cumprir todos as leis e princípios relevantes para uma conduta de negócios adequada e vai continuar colaborando com as autoridades”, diz, na nota, o presidente da companhia, Siri Hatlen.