Foto: Roberto Pereira Jr.

Por meio de uma emenda impositiva, a obra da Adutora do Agreste, que vai levar a água do Rio São Francisco para a região, irá receber R$ 150 milhões para serem concluídas em 2016.

A decisão foi tomada nesta quarta (14) em encontro que reuniu mais de 20 senadores e deputados federais no Congresso Nacional.

Segundo o líder do PT no Senado, Humberto Costa, a União terá que liberar os recursos previstos no orçamento de 2016, obrigatoriamente, por se tratar de um instrumento impositivo previsto na legislação.

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O objetivo é conclui-la o mais rápido possível”, afirmou o senador.

Ele explicou que a destinação coletiva dos recursos para a obra foi subscrita por todos os parlamentares federais pernambucanos.

Mesmo com essa decisão, a deputada estadual Raquel Lyra critica a morosidade da obra no Agreste do Estado. “No ritmo em que está, irá demorar 15 anos para ser concluída”, apontou na plenária da Assembleia Legislativa nesta quinta (15). “A Barragem de Jucazinho está com apenas 2,5% de sua capacidade, e a Transposição do Rio São Francisco ainda é uma realidade distante”, acrescentou a socialista.

Para compensar a demora na Transposição, uma série de ações emergenciais está sendo providenciada pelo Governo do Estado, no valor total de R$ 1 bilhão. “É um valor bem menor do que os R$ 3,5 bilhões investidos no Sistema Cantareira em São Paulo, e vale destacar que lá são no máximo seis horas diárias de racionamento, enquanto há cidades do agreste que chegam a passar 30 dias sem água”, comentou a deputada, criticando as prioridades da gestão federal.