O líder do Democratas na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), rebateu as afirmações da presidente Dilma Rousseff e atacou a “arrogância” do Palácio do Planalto. “A presidente vocaliza um tom palanqueiro, certamente instruída pelo ex-presidente Lula.

Não é o tom correto de uma presidente da República.

O tom correto é de buscar a harmonia.

A crise política não é gerada pela oposição, é decorrente de um quadro de ingovernabilidade crônica que é produzido pela má condução de seu governo”, avaliou.

Segundo ele, o PT não tem “moral” para criticar quem quer que seja.

O deputado ainda citou a falta de compromisso do partido com os recursos públicos e a corrupção sistêmica que destruiu a principal empresa brasileira, a Petrobras. “Se a Petrobras é o grande exemplo moral do governo Dilma, a referência é extremamente negativa”, afirmou.

LEIA TAMBÉM: > Mendonça Filho confirma que oposições apresentarão aditamento incluindo pedaladas de 2015 > Não há hipótese de nós blindarmos Eduardo Cunha, diz Mendonça Filho > Mendonça Filho diz que decisão do TCU pela rejeição das contas de Dilma é vitória das instituições democráticas Mendonça Filho afirmou que a presidente precisa aprender a conviver com as críticas da oposição de forma respeitosa e também com as cobranças das instituições democráticas, como o Ministério Público e o Tribunal de Contas da União (TCU). “Não adianta imaginar que o momento de instabilidade política e moral será superado com ataques à oposição.

A oposição não vai se curvar a esta tentativa de intimidação”, afirmou.

Para o líder do Democratas, o governo petista dá “mau exemplo” e acrescentou que as atitudes golpistas partem do PT, que, por três vezes na história recente do país, apresentaram, na Câmara dos Deputados, pedidos de impeachment de presidentes da República, sem a necessária fundamentação técnica.

Apresentados contra os ex-presidentes Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, os pedidos foram rejeitados pelo plenário da Câmara.

Agora, diz Mendonça, o PT recorre ao Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir que os deputados manifestem-se, no plenário, sobre o processo de afastamento de Dilma.

O deputado reafirmou que há fundamentos técnicos para pedir o afastamento de Dilma da Presidência da República e que o novo pedido a ser entregue ainda esta semana terá a argumentação reforçada.