Por Jamildo Melo, editor do Blog O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, estava falando em sessão do Congresso Nacional, ainda há pouco, quando bateu com a língua nos dentes.

Ao responder a um questionamento do deputado Moroni Torgam, do Democratas do Ceará, o ministro de Dilma disse que o governo estava operando para levar o hub da TAM para Fortaleza.

O que? cartas marcadas?

Não se pode acreditar!

Em viagem a Brasília, nesta quarta-feira, o secretário de Turismo do Estado, Felipe Carreras, inicialmente disse não acreditar que o ministro tenha dito tal fala e afirmou também não acreditar na informação do ministro. “Em todo caso, cabe ao governo Dilma responder.

O colega dele, o ministro Armando Monteiro Neto (PTB) ou o líder do governo no Senado Humberto Costa (PT).” Em sua conta pessoal no Twitter, o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) postou a informação dada por Levy e ironizou. “Parabéns aos petistas pernambucanos!”, disse.

Além de Pernambuco, disputam o empreendimento privado os estados do Rio Grande do Norte e Ceará.

O Ceará é governado por um aliado de Dilma, o petista Camilo Santana Oficialmente, a definição final da Latam sobre o estado sede do novo centro de conexões de voos será anunciada até o mês de dezembro.

O projeto da central de distribuição de voos prevê investimentos da ordem de US$ 1 bilhão e geração de 10 mil novos empregos.

No mês de setembro, a empresa fez uma reunião em São Paulo com todos os interessados.

De Pernambuco, foram para o encontro, além do governador Paulo Câmara, o senador Douglas Cintra, o senador Humberto Costa (PT-PE), o prefeito do Recife, Geraldo Júlio, os deputados federais Fernando Monteiro (PP) e Luciana Santos (PCdoB) e o deputado estadual Aluisio Lessa (PSB).

Participam ainda os secretários de Desenvolvimento Econômico, Tiago Norões; da Fazenda, Márcio Morais, e do Turismo, Felipe Carreras.

A Assembleia Legislativa de Pernambuco chegou a produziu um abaixo-assinado com os 49 parlamentares da Casa, defendendo a vinda do Hub para o Estado.

CONTAS Na sessão, Levy, defendeu o equilíbrio das contas públicas como principal responsável pelo retorno do crescimento econômico do País.

Segundo ele, o caminho para uma situação mais segura e sustentável envolve sempre um custo e deve ser trilhado o mais rápido possível. “É imprescindível para o crescimento econômico que haja segurança e equilíbrio fiscal, mas sempre há algum custo e essa travessia requer esforço e até sacrifício de pessoas e de empresas.

O importante é que se faça uma travessia rápida”, disse.

De acordo com o ministro, a política econômica do atual governo está baseada no que ele chamou de “1,2,3 para o crescimento sustentável”.

Ele explicou que o “1” é a base fiscal, com as contas ajustadas. “No momento seguinte, os juros começam a cair e o crédito fica mais fácil.

O ‘2’ é o aumento da demanda, a volta do crescimento, do emprego, com possível queda da inflação”, afirmou Levy.