A maior parte dos leitores da Folha acha que a presidente Dilma Rousseff deveria deixar o cargo.

Entre a renúncia e uma eventual abertura de processo de impeachment, preferem o primeiro desfecho.

Os dados são de uma pesquisa Datafolha com o público do jornal em todo o Brasil.

A renúncia da presidente é defendida por 61%.

Na pergunta sobre impeachment, um grupo menor, de 51%, se mostrou favorável ante 66% do eleitorado total no último levantamento nacional do instituto, em agosto.

Mesmo assim, só 37% acham que Dilma vai ser de fato afastada.

Para 57% ela continua onde está.

Para 77% dos leitores, o governo Dilma é ruim ou péssimo. É uma taxa parecida com a do eleitorado em geral, que marcou 71% de reprovação.

A gestão Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo, é desaprovada por 33% dos leitores e aprovada por 29%.

Já a de Fernando Haddad (PT), na capital, tem 56% de reprovação e 18% de aprovação.

O público da Folha também é mais crítico em relação ao Congresso do que a média do eleitorado: 67% de ruim e péssimo ante 42%.

A expectativa em relação à situação econômica é pessimista.

Dois terços (64%) acham que a crise tende a piorar nos próximos meses.

Novamente os leitores da Folha se mostram mais céticos, já que na pesquisa nacional os pessimistas eram 53%.

O Datafolha ouviu 733 leitores do jornal nos dias 18 e 19 de setembro e 2 e 3 deste mês.

A margem de erro é de quatro pontos para mais ou para menos.

Metade dos entrevistados (48%) tem renda familiar mensal superior a dez salários mínimos, 76% têm ensino superior, 83% são do Sudeste.

Quase 60% não têm partido de preferência, mas 59% votaram em Aécio Neves (PSDB) no segundo turno da eleição presidencial de 2014.

Dilma teve 22% dos votos.

Para 70% dos leitores, a cobertura da Folha sobre o governo Dilma tem sido ótima ou boa, enquanto 21% disseram que é regular e 7% cravaram ruim ou péssima.

Politicamente, o maior grupo de leitores (30%) posicionou a Folha como uma publicação de centro-direita.

Para 26%, o jornal é de centro.

Outros 22% o identificam como de direita.

O jornal é visto como de centro-esquerda por 12%.

E de esquerda por 5%.