Jane de Araújo/Agência Senado Da Folhapress O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça-feira (13) ser contra a ideia de se marcar uma sessão conjunta do Congresso para se votar vetos presidenciais nesta semana.

O governo federal indicou pela manhã que pretendia pedir ao peemedebista a convocação de uma sessão para a quarta-feira (14). “Eu não decidi ainda em relação à convocação do Congresso Nacional, mas todos sabem que os vetos continuam mantidos enquanto não são apreciados.

Então não é prudente fazer esta semana a sessão do Congresso Nacional”, afirmou Renan ao chegar ao Senado.

Em sua avaliação, a melhor estratégia é fazer a convocação em “um tempo certo, sem pressa” devido às três últimas tentativas frustradas de se realizar votações conjuntas.

De acordo com o regimento comum do Congresso, as sessões conjuntas são convocadas na terceira semana de cada mês.

LEIA TAMBÉM: > Agenda Brasil de Renan não avança > Fiel aliada de Renan é responsável por futuro de contas de Dilma “Nós já tivemos alguns problemas na apreciação de vetos, nós não podemos repetir isso.

Os vetos estão mantidos enquanto não forem apreciados.

E quando você tira quorum de uma sessão deliberativa que está apreciando vetos, você geralmente o faz para impedir a sua rejeição, então por enquanto os vetos estão mantidos e isso é muito bom”, disse.

Em reunião com líderes da base aliada, o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, recebeu o diagnóstico dos deputados federais de que o ambiente na Câmara dos Deputados melhorou e de que havia apoio suficiente para manter os vetos presidenciais.

No encontro, segundo relatos, o ministro afirmou que conversará com o presidente do Senado Federal para convocar uma sessão do Congresso Nacional para quarta-feira (14).

Se derrubados, os vetos presidenciais podem ter um impacto de R$ 63,2 bilhões para os cofres públicos até 2019.

Na semana passada, o Palácio do Planalto sofreu três derrotas ao tentar votar as matérias, sendo que duas sessões foram esvaziadas e a outra foi inviabilizada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Questionado se algum ministro já havia conversado com ele sobre a convocação da sessão conjunta, Renan não quis responder.

Renan também não quis comentar a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que suspendeu o rito estabelecido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para o andamento na Casa de um eventual processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Esse é um assunto da Câmara dos Deputados.

Não convém, como presidente do Congresso Nacional, comentá-lo.

Não li ainda, vou ler com calma, mas este é um assunto da Câmara”, respondeu apenas.