Nesta sexta-feira, na Colômbia, a presidente Dilma pediu ajuda de empresários brasileiros para ampliar as relações comerciais com o país vizinho.

Estavam presentes Luis Filipe de Carvalho Moreira, da Natura, Mille Rufino Pereira, da Camargo Corrêa, Nilo Azevedo Duarte, da Petrobras, Ricardo Gomes, da VCL e Rúben Delgado, da Softex.

Dilma estava acompanhada dos ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro. “Consideramos que a Colômbia é um dos países que mais crescem, que mais ganham estatura na América do Sul.

E o Brasil tem uma relação com a Colômbia aquém do seu potencial.

Eu conto com os senhores para que nossas relações estejam além do nosso potencial, ou seja, que nós sejamos capazes de construir um caminho no qual tanto os interesses da Colômbia quanto do Brasil sejam contemplados, que a gente se lance para um projeto de futuro que implique relações comerciais e de investimentos extremamente fortes entre nós”, pediu.

A presidente estimou um crescimento do superávit comercial de US$ 16 bilhões este ano. “A situação internacional de dificuldades nos permite hoje, tanto por conta do câmbio, mas também por conta da ação efetiva do ministro Armando Monteiro, ter uma previsão de superávit comercial de U$ 16 bilhões.

Se a gente considerar que havia quatro de déficit o ano passado, nós estamos fazendo U$ 20 bilhões.

Mas só o câmbio não basta.

A gente tem que buscar acordos e tal”. “Nesta visita de Estado, a gente saber bem claramente como é que nós podemos auxiliar e apoiar iniciativas particulares dos senhores na área empresarial.

Os senhores tem toda a política da empresa dos senhores e nós temos uma obrigação, que é dar suporte a essas iniciativas que os senhores tem em todas as áreas.

E naquelas áreas que a gente pode atuar, é importante que a gente sublinhe o que que é que nós devemos fazer para implementar ainda mais este relacionamento”.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, defendeu a criação de mecanismos de facilitação das relações comerciais.

O ministro salientou a necessidade de uma maior aproximação entre os países que compõem o Mercosul e os países sul-americanos da Bacia do Pacífico. “Esse relativo afastamento que existia aqui na América do Sul entre esses dois blocos, eu acho que o nosso desafio é construir exatamente essa ponte, no interesse dos dois blocos”, frisou.

Entre algumas das medidas para intensificar o comércio bilateral, Armando Monteiro destacou a iminente assinatura de acordo entre Brasil e Colômbia com vistas a fortalecer o mercado automotivo entre os países.

O acordo prevê, por exemplo, o estabelecimento de uma cota de veículos que terão tarifa de importação zerada. “Olhando as exportações brasileiras, nós temos um imposto de importação elevado aqui”, observou Armando Monteiro.

O ministro também afirmou que haverá um esforço para acelerar o processo que reduz progressivamente as tarifas de importação até que cheguem a zero, entre os dois países. “O grande desafio é descongelar o cronograma de desgravação e esperamos antecipar esse movimento de tal modo que o comércio esteja integralmente desgravado até 2017.

Nossa expectativa é que isso possa começar ainda este ano, nos mais diferentes setores, atingindo um nível de cobertura muito expressivo em relação a todo o volume de comércio”, afirmou.