Foto: Lula Marques/ Agência PT Estadão Conteúdo - O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), disse nesta quarta-feira, 7, considerar “inacreditável” a falta de mobilização dos parlamentares que impediu pelo segundo dia consecutivo a votação dos vetos presidenciais e reconheceu que a mudança no primeiro escalão do governo pode não ter surtido efeito para o governo ter uma base fiel no Congresso. “É lamentável, não tem o que dizer. É inacreditável essa falta de mobilização e, consequentemente, apesar de o Senado ter novamente dado quórum suficiente, isso não aconteceu na Câmara.

Eu lamento profundamente.

Foi feita uma reforma e aparentemente ela não dá nenhum resultado.

Ela está dividindo mais as bancadas governistas.

Quem perde é o País”, disse. > Leia também: - Com divisão do PMDB, Eduardo da Fonte é o líder do maior bloco na Câmara dos Deputados - Picciani diz que PMDB estava mais uma vez presente na sessão para votar - Renan reclama de ação deliberada para cancelamento de mais uma sessão do Congresso para votação de vetos - Governo sofre mais uma derrota na Câmara e encerra sessão dos vetos Para o governista, a desarrumação política continua e foram evidenciadas nas duas tentativas frustradas de reunião do Congresso.

Delcídio disse que “alguma coisa” não está funcionando bem e é preciso avaliar se o fato de fortalecer mais um partido - numa referência indireta ao PMDB - pode ter complicado a articulação da base do governo na Câmara.

O líder do governo lembrou que hoje havia 406 deputados que estavam presentes na Câmara, mas na sessão do Congresso não havia nem metade disso - na verdade, a sessão encerrou com 228 deputados tendo registrado presença, quando eram necessários, para iniciar a votação, pelo menos 257. “Foi muito ruim o que aconteceu hoje e não adianta ficar tapando o sol com a peneira.

Tem que ter humildade e encarar, saber onde que estão os problemas para corrigir isso”, disse Delcídio.

Ele disse que a leitura que se faz fora, principalmente na área econômica, é extremamente nociva porque passa sinal de insegurança e isso é transmitido a todos os setores da sociedade