A Usina Pedroza, localizada no município de Cortês, na Zona da Mata Sul, retoma as atividades nesta quarta (6).
O retorno das operações será oficializado às 9h em um evento que contará com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e pelo presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha.
A expectativa é de que a Usina Pedroza atinja, nesta safra, a moagem de 400 mil toneladas de cana – destinadas à produção de oito milhões de litros de etanol e 35 mil toneladas de açúcar.
Os postos de trabalho gerados são estimados em quatro mil, entre diretos e indiretos.
A Pedroza conta ainda com potencial de geração de eletricidade de 4,3 megawatts (MW), dos quais 3,3 MW numa térmica de biomassa e 1 MW numa pequena central hidrelétrica (PCH). > Leia também: - Em dia de protesto contra ajuste de Dilma no Recife, Paulo Câmara acompanha início da moagem da Usina Pumaty - Paulo Câmara comemora reabertura da Usina Cruangi, em Timbaúba Fundada em 1891, a Usina Pedroza só deixou de moer na safra 2014/2015 em toda a sua história.
A unidade volta a produzir depois de arrendada pelo proprietário, o Grupo Farias (à frente o empresário Eduardo Farias), à Copersul, sociedade entre os empresários Gerson Carneiro Leão e Reginaldo Moraes.
Gerson Carneiro Leão tem expertise sólida como fornecedor de cana, incluindo fornecimento de cana para a própria Pedroza.
Reginaldo Moraes é ex-gerente da usina.
A Pedroza é a segunda unidade do setor sucroenergético que volta a operar em 2015.
A primeira foi a Cruangi, na Zona da Mata Norte, que iniciou a moagem para a safra atual no dia 15 de setembro. “Com isso, encaramos as instabilidades, e, passamos de 15 usinas em operação na safra 2014/2015 para 17”, contabiliza Renato Cunha. “É uma sinalização de que o setor está procurando vencer a crise provocada por anos seguidos de uma política de preços que estimulou o consumo de gasolina e prejudicou as vendas de etanol”, analisa.
Em todo o Brasil, 80 usinas fecharam as portas nos últimos anos.