Foto: José Cruz / Agência Brasil Estadão Conteúdo - O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ) creditou a um problema de logística para justificar a derrubada por falta de quórum da sessão do Congresso desta terça-feira, 6, que estava prevista para apreciar os vetos presidenciais.

Segundo ele, muitos peemedebistas “estavam em trânsito” e não conseguiram chegar à sessão marcada para às 11h30. “Foram detalhes de logística.

Muitos peemedebistas estavam em trânsito, voltando de seus estados”, disse.

A sessão do Congresso para apreciação dos vetos presidenciais era o primeiro grande teste de força de Picciani, que negociou diretamente com a presidente Dilma Rousseff a nomeação de dois deputados federais do partido para os ministérios da Saúde e Ciência e Tecnologia.

Marcelo Castro (PI) e André Figueiredo (CE) viraram ministros numa tentativa do governo de fidelizar a bancada do PMDB na Câmara. > Leia também: - Líder do DEM na Câmara diz que falta de quórum sinaliza ‘fraqueza do governo’ - Delcídio Amaral nega derrota do governo e diz que sessão de vetos será amanhã - Governo sofre derrota após reforma e não consegue quórum para votar vetos Nesta terça-feira, 6, no entanto, apenas 52% dos peemedebistas registraram presença na sessão, que foi remarcada pelo presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) para esta quarta, 7, às 11h30.

O líder do PSD, Rogério Rosso (DF), também atribuiu o movimento a uma questão tradicional dos deputados. “Cerca de 70% da minha bancada chega entre meio dia e 17 horas”, disse.

Somente 25 deputados do PP, do PR e do PSD - os mais queixosos com a reforma - disseram oficialmente estar presentes na sessão desta terça, sendo que o trio tem junto 106 representantes na Câmara.

Ou seja, eles conseguiriam, sozinhos, garantir o quórum de votação.

A média de presença deles ficou em 23%, ou seja, menos de um em quatro deputados.