Na próxima quinta-feira, dia 8, o ativista americano e educador Quentin Walcott estará em Pernambuco para participar de vários debates sobre violência doméstica e visita a escolas.

O especialista é co-diretor-executivo da Connect, organização dedicada ao combate da violência doméstica em Nova York.

Quentin desenvolveu e implantou na cidade norte-americana programas com o objetivo de transformar observadores – homens e meninos, e até agressores – em aliados e ativistas contra todas as formas de violência.

Em Pernambuco, os encontros estão sendo promovidos pelo Consulado Geral dos EUA no Recife em parceria com a Faculdade dos Guararapes (FG), Instituto Maria da Penha, Secretaria Executiva da Mulher, Secretaria de Educação de Jaboatão dos Guararapes, Vara do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher – Jaboatão dos Guararapes, Secretaria de Educação de Pernambuco e UFPE- Pós-graduação do Serviço Social.

A programação inicia no campus Piedade da Faculdade dos Guararapes (FG) – integrante da rede internacional de universidades Laureate. Às 9h, Quentin - que já recebeu prêmio da ONU e trabalhou em programas da Casa Branca - abre o seminário Masculinidade, Gênero e Violência Contra a Mulher, aberto ao público.

Walcott contará sua experiência com a ONG Connect, que atua na prevenção e combate à violência doméstica junto a homens de todas as idades.

Em seguida, fará palestras em duas escolas da rede estadual (Escola de Referência de Ensino Médio Porto Digital e Escola Poeta Manuel Bandeira), uma escola da rede municipal de Jaboatão dos Guararapes (Escola Bartolomeu Gusmão), na Vara do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher em Jaboatão dos Guararapes, e no Centro de Referência Maristela Just (Jaboatão dos Guararapes).

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 70% das mulheres em todo o mundo sofrem algum tipo de violência de gênero ao longo da vida.

A estimativa é que uma em cada cinco mulheres seja vítima de estupro ou de tentativa de estupro.

De acordo com o Mapa da Violência 2012, entre 1990 e 2010 foram assassinadas cerca de 91 mil mulheres.

Em 30 anos, o número de assassinatos de mulheres cresceu mais de 200%, para 4.297.

Com taxa de 4,4 mortes para cada 100 mil mulheres mortas, o Brasil ocupa a 7ª colocação entre 84 países.