A União Nacional dos Estudantes vai a Brasília nesta próxima terça-feira, 6 de outubro, promover uma passeata contra o ajuste fiscal do governo federal e os recentes cortes nas áreas sociais do país, em especial na educação.
A UNE diz defender outra política econômica para a atual conjuntura nacional e leva a capital federal o tema “Que os ricos paguem pela crise!
Nenhum centavo a menos para a educação!”.
A concentração acontece a partir das 9h em frente à Biblioteca Nacional.
São esperadas caravanas de universidade de todas as regiões do país. “A entidade cobra medidas como a taxação constitucional das grandes fortunas, mudança na política tributária – que prejudica os mais pobres– redução dos juros, auditoria do financiamento da dívida pública e combate aos lucros abusivos do rentismo”, pregam. “Se é necessário um ajuste, ele não pode prejudicar justamente aqueles que já estão do lado mais fraco da corda e não podemos aceitar cortes em áreas tão sensíveis como a educação”, afirma a presidenta da entidade, Carina Vitral.
A UNE diz protestar contra a retirada de mais de R$ 10 bilhões do setor educacional desde o início de 2015. “A falta de verbas já afetou o funcionamento das universidades, a assistência estudantil e as bolsas de pesquisa em diversas instituições.
Os estudantes também se manifestam contra a proposta de mudança na forma de exploração do pré-sal, que tramita no Congresso Nacional e que pode comprometer o investimento do Fundo Social dessa riqueza para a área da educação.
Os recursos são indispensáveis para a implantação do Plano Nacional de Educação, aprovado em 2014, com destinação de 10% do PIB para o setor, bandeira histórica do movimento estudantil”.
No bolo, entra até o estatuto da família. “A manifestação da UNE também será contrária a outros retrocessos que estão em pauta no Congresso Nacional no último período.
A entidade se opõe à proposta de redução da maioridade penal no país que, além de não solucionar o problema da violência, colabora ainda mais com o massacre da juventude pobre e negra das periferias.
Os estudantes também repudiam a proposta do estapafúrdio “Estatuto da Família”, que impede o reconhecimento devido das uniões homoafetivas e de outras configurações familiares”.