Foto: Rodrigo Lobo / Acervo JC Imagem A Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas de Saúde (Aduseps) entrou com uma Ação Civil Pública na Justiça solicitando o bloqueio dos valores destinados à saúde pública das contas do Governo Estadual.

A entidade quer que sejam repassadas as verbas necessárias para o pagamento de funcionários e fornecedores, compra de medicamentos e custeio de exames e cirurgias às unidades do Sistema Único de Saúde (SUS).

A ação chama a atenção para o alerta de oito instituições: Imip, Fundação Manoel da Silva Almeida / Maria Lucinda, Tricentenário, Santa Casa, Ipas, Apami, Fundação Altino Ventura e Sociedade Pernambucana de Combate ao Câncer.

Elas gerem 31 unidades de saúde públicas e alegam não ter condições financeiras de manter a qualidade no atendimento por conta da ausência ou atraso no repasse mensal dos recursos pelo Estado. > Leia também: - Secretaria de Saúde reconhece crise no Imip, mas admite que não tem dinheiro - Imip reclama de atrasos em pagamento de Upas e hospitais e admite risco de quebra “Onde está o dinheiro da saúde público do Estado? É preciso que se faça esse bloqueio para que ele apareça.

O caos está instalado, a quantidade de pessoas sem atendimento nas UPA’s, no Imip e em toda a rede conveniada é imensa e nós, enquanto entidade de defesa dos consumidores, sejam eles de serviços privados ou públicos, estamos muito preocupados.

A saúde pública interessa a todos nós”, afirma René Patriota, coordenadora executiva da Aduseps.

Além da Ação Civil Pública, a coordenadora jurídica da Aduseps, Karla Guerra, alega que a entidade já ingressou com três ações judiciais solicitando leitos de UTI. “A Central Regulação de Leitos, semana passada, ficou sem funcionar e é possível, como já ocorreu no passado, que os hospitais conveniados também estejam se negando a atender pacientes do SUS, porque não têm recebido verbas do Estado”, supõe a advogada.