Foto: ABr A presidente Dilma Rousseff anunciou, nesta sexta-feira (2), um conjunto de medidas administrativas para reduzir os gastos do governo.
A reforma busca estabilidade política para fazer o País voltar a crescer diante da crise econômica.
Entre as principais mudanças: corte de oito ministérios e três mil cargos comissionados; redução de 30 secretarias nacionais e também de 10% no salário dos ministros. “Com essas iniciativas que terão que ser reforçadas permanentemente queremos contribuir para que o Brasil saia mais rapidamente da crise, crescendo, gerando emprego e renda.
Essa reforma vai nos ajudar a efetivar as medidas já tomadas para o reequilíbrio fiscal e aquelas que estão em andamento.
Vai propiciar, portanto, o reequilíbrio fiscal, o controle da inflação e consolidar a estabilidade macroeconômica aumentando a confiança na economia”, disse.
Ela anunciou a redução de 30 secretarias nacionais em todos os ministérios, a criação de um limite de gastos com telefonia e passagens aéreas, o corte de 10% na remuneração dos ministros e a revisão de todos os contratos de aluguel e de prestação de serviço. “Sabemos que dificuldades precisam ser superadas; sabemos que se erramos, precisamos consertar os erros e para isso é preciso ter estabilidade política”, afirmou.
A presidente anunciou ainda a definição de metas de eficiência no uso de água e energia e o corte de três mil cargos em comissão.
Outro anúncio foi a redução em até 20% dos gastos de custeio e de contratação de serviços terceirizados, tornando obrigatória a criação de uma central de automóveis com o intuito de reduzir e otimizar a frota que atende aos ministérios.
Também serão cortados oito ministérios, abaixo de sua meta original, de dez.
A redução do número ocorreu para atender principalmente ao PMDB, que ficou com sete ministérios, e o PT.
A principal mudança é a saída do ministro Aloizio Mercadante da Casa Civil, que passará a ser comandada pelo ministro Jaques Wagner, que deixa a Defesa.
Para o lugar de Wagner vai o ministro Aldo Rebelo.
O representante do PC do B deixará o Ministério da Ciência e Tecnologia, para o qual vai o deputado peemedebista Celso Pansera (RJ), ligado ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Para a Saúde, vai o deputado piauiense Marcelo Castro, indicado pelo PMDB.
Ele promete não ceder a pressões da bancada para promover uma distribuição política das verbas do setor.
Além da troca no Palácio do Planalto, a reforma ministerial vai ampliar de seis para sete ministérios o espaço do PMDB no governo para garantir apoio à presidente e evitar a abertura de um processo de impeachment contra ela na Câmara dos Deputados. “Precisamos de estabilidade política para fazer o país voltar a crescer”, disse Dilma no encerramento do evento.