Foto: Antonio Augusto/ Câmara dos Deputados Folhapress - A presidente Dilma Rousseff cedeu mais uma vez ao PMDB e aceitou o nome do deputado Celso Pansera (PMDB-RJ) para o Ministério da Ciência e Tecnologia.
A indicação foi do líder do partido da Câmara, Leonardo Picciani (RJ), que também apontou o deputado Marcelo Castro (RJ) para a Saúde e aumentou o naco do PMDB na Esplanada.
O partido do vice-presidente Michel Temer passou de seis para sete pastas no governo.
Na manhã desta quinta-feira (1º), Dilma se reuniu com Temer e afirmou que não estava satisfeita com o nome de Pansera para Ciência e Tecnologia.
A presidente queria alguém de “mais peso político” para ajudar nas votações no Congresso, principalmente na aprovação do ajuste fiscal e na tentativa de evitar a abertura de um processo de impeachment contra seu mandato.
Temer, por sua vez, afirmou que não indicaria novos nomes e que a presidente teria que acertar o tema com Picciani.
Dilma ofereceu a pasta para os ministros Eliseu Padilha (Aviação Civil) e Henrique Eduardo Alves (Turismo), ambos do PMDB.
Os dois, no entanto, recusaram o convite e vão permanecer onde estão.
Sem alternativas, a presidente recebeu Picciani no início da noite desta quinta, acompanhado por Pansera e Castro, para acertar as indicações.
Após a reunião com o vice, Dilma seguiu para o Palácio da Alvorada, onde almoçou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula foi quem mais pressionou a presidente para fazer uma reforma ministerial com lastro político, trocando o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, por Jaques Wagner (Defesa), e dando mais espaço ao PMDB.
Além de Castro e Pansera, Dilma já havia definido os ministros peemedebistas: Eduardo Braga (Minas e Energia), Kátia Abreu (Agricultura), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Helder Barbalho (Portos) e Henrique Eduardo Alves (Turismo).