Vista aérea da área do Cais José Estelita.
Foto: Edmar Melo/JC Imagem.
A Prefeitura do Recife adiou a reunião do Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) da cidade, que analisaria, nesta sexta (2), o projeto arquitetônico redesenhado do Novo Recife.
Ainda não há data prevista para a reunião.
O adiamento aconteceu após a Polícia Federal confirmar fraudes no leilão ocorrido em 2008, que permitiu a compra do terreno do Cais José Estelita.
Segundo a PF, o leilão teve um único concorrente, foi subfaturado em R$ 10 milhões e desrespeitou todos os prazos legais previstos na Lei 8.666/93, conhecida como a Lei das Licitações.
No alvo da investigação, estão o Consórcio Novo Recife, vencedor do certame, e a Milan Leilões, sediada em São Paulo e contratada pela Caixa Econômica Federal (CEF) para realizar o leilão.
A CEF, a princípio, não foi alvo da Operação Lance Final, deflagrada para apreender provas na sede das empresas envolvidas, mas também será investigada no decorrer do inquérito federal.
Em nota, o Consórcio Novo Recife afirmou que o leilão já havia sido exaustivamente examinado em várias instâncias judiciais e não havia sido encontradas irregularidades.
O texto diz também que o Consórcio adquiriu o terreno por um valor superior ao mínimo determinado pelo edital do leilão.
O movimento Ocupe Estelita anunciou um protesto para esta quinta-feira à tarde para pedir à Prefeitura do Recife que adiasse a reunião do CDU.
Mesmo com o cancelamento, a manifestação, que acontecerá às 16h na Praça do Derby, será mantida.
O movimento pede o cancelamento de todos os protocolos que envolvem o projeto Novo Recife.