Apesar da negativa pública de Paulo Câmara sobre uma participação no governo da presidente Dilma Roussef, existem entendimentos e até notícias de acertos já concretizados para a ida do deputado federal Fernando Coelho Filho, líder do PSB na Câmara, para o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, cargo já ocupado pelo ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos no governo Lula.
A conferir.
Nesta quarta, após conversa de Dilma com os governadores do partido, apereceram as primeiras especulações de que o pSB havia sido convidado para assumir Ciência e Tecnologia. > Leia também: - Em reunião com Dilma, Paulo Câmara diz que levará à direção nacional do PSB conversa sobre apoio aos ajustes fiscais - Dilma se reúne com governadores e deve oferecer ministério ao PSB de Paulo Câmara O que resta saber é se isso tem o aval de Paulo Câmara.
Detalhe: vai sobrar para Geraldo Julio?
O PSDB pode, a partir desse movimento do PSB, lançar em definitivo o deputado Daniel Coelho para as eleições municipais do Recife.
De acordo com a coluna Painel, da Folha de São Paulo, em meio à oferta para que o PSB fique com o Ministério da Ciência e Tecnologia, a direção nacional se mantém irredutível.
Entende que a sigla deve assumir que está na oposição.
Sem toma lá da cá O governador Paulo Câmara participou na manhã de quarta de audiência com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, ao lado dos outros gestores estaduais do Partido Socialista Brasileiro: Ricardo Coutinho (Paraíba) e Rodrigo Rollemberg (Distrito Federal).
A presidente pediu apoio dos governadores às medidas do ajuste fiscal apresentadas pelo Governo Federal e também à manutenção dos vetos presidenciais a projetos aprovados pelo Congresso Nacional e que implicam em aumento dos gastos públicos.
Paulo Câmara informou que os governadores vão conversar com a bancada e também com a direção nacional do PSB. “Os Estados não vão sair dessa crise se o País não sair.
Não somos ilhas isoladas.
Vamos ter uma nova conversa com a bancada para discutir essas questões de interesse do Brasil”.
De acordo com o governador de Pernambuco, em nenhum momento a presidente tratou sa possibilidade de o PSB vir a ocupar o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, como foi publicado na Imprensa. “Não houve nem convite e nem sondagem.
Esse assunto não fez parte da conversa”.
Os governadores, por sua vez, voltaram a defender a liberação de operações de crédito para Estados e municípios e, no caso de Pernambuco, Paulo Câmara fez um relato da crise provocada pela estiagem. “Estamos no quinto ano seguido de seca.
Muito dos nossos reservatórios entraram em colapso”, disse Paulo, informando que pediu a Dilma maior velocidade para conclusão da Adutora e do Ramal do Agreste, obras que distribuirão aos pernambucanos a água da transposição do Rio São Francisco.
Com relação à chamada “pauta bomba”, Paulo afirmou que muitas das propostas são “danosas” para o Brasil e podem aprofundar a atual crise econômica.