Eduardo Cunha (PMDB-RJ) Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados Da Folhapress O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), informou que desistiu da viagem que faria a partir desta quinta-feira (1º) para a Itália após autoridades da Suíça enviarem ao Brasil dados de contas secretas que pertenceriam a ele e a seus familiares.
Conforme adiantou a Folha de S.Paulo na quarta (30), o peemedebista tornou-se alvo de um inquérito aberto pelo Ministério Público suíço, em abril deste ano, por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informou que pretende dar continuidade à investigação iniciada pela Suíça. > Leia também: - Suíça transfere para Brasil investigação criminal contra Cunha - Suíça investiga delatores que citaram Eduardo Cunha O fio da meada que levou a registros bancários de Cunha na Suíça foi o rastreamento de recursos que circularam por contas do lobista João Augusto Henriques.
Ligado ao PMDB e preso pela Operação Lava Jato em 21 de setembro, ele admitiu ter depositado dinheiro numa conta que tinha Cunha como beneficiário.
Ele negou-se a dizer se tem contas bancárias no país europeu.
Cunha embarcaria no fim da tarde desta quinta para o país, onde passaria por Milão e Roma, onde participaria do Fórum Parlamentar Itália-América Latina e Caribe.
Conforme deputados próximos ao deputado, ele desistiu da viagem ainda na quarta (30), e comunicou a decisão por volta das 21h30, após sessão do plenário.
Segundo relatos, ele afirmou que precisa “enfrentar a situação” e não poderia ser acusado de “estar fugindo” neste momento.
Disse, ainda, que a denúncia contra ele por corrupção e lavagem de dinheiro na operação Lava Jato é “problema seu e cabe a ele resolver”.