A vereadora Marília Arraes protocolou, na tarde desta quarta-feira 30, um pedido de informações junto à Prefeitura do Recife sobre o processo de requalificação urbana da comunidade do Pilar, no Bairro do Recife, que vem desde 2011.

Ela diz que a obra representa uma evidente demonstração de desperdício de recursos públicos e desrespeito à população.

Em visita a obras de um conjunto residencial no local, Marília foi impedida de fiscalizar os trabalhos por funcionários da construtora Alca, responsável pelos serviços.

A vereadora denunciou o fato no plenário e recebeu a solidariedade da maioria de seus colegas. ?

Na comunidade, Marília Arraes disse que ouviu queixas dos moradores no que diz respeito à paralisação das obras do conjunto residencial.

Muitos reclamaram de terem sido cadastrados várias vezes pela PCR e não terem sequer respostas quanto ao prazo para término das obras do residencial.

Das 588 unidades residenciais prometidas, apenas 108 foram entregues - e grande parte já está deteriorada, com rachaduras e infiltrações. “A infraestrutura da comunidade deixa muito a desejar: falta água, calçamento, iluminação, esgoto.

Tudo isso a poucos metros do Palácio Capibaribe, a sede da Prefeitura do Recife”, reclamou.

Marília foi proibida de fiscalizar a obra do conjunto por funcionários da empresa Alca.

Um homem que se identificou como Silvino e que se disse o engenheiro responsável chegou a entregar um capacete à vereadora, mas, depois de receber orientações da Diretoria de Obras da Empresa de Urbanização da PCR (URB), impediu que a parlamentar entrasse na obra. “Só pude ver as obras pelo lado de fora”, lamentou Marília.

O pedido de informações aborda questões como prazos, valores, contratos, licenças e outros assuntos, como as escavações arqueológicas realizadas no local - que remete ao século 16.

A prefeitura tem 30 dias para atender ao requerimento.