Foto: Lula Marques/ agência PT Da Folhapress Após a reunião com a executiva nacional do PT, o presidente do partido, Rui Falcão, defendeu que o momento da reforma ministerial deve ser “de construção de estabilidade política”. “Deve ser um momento de construção de estabilidade política para que o país possa retornar suas políticas de crescimento da economia”, afirmou Falcão em uma coletiva de imprensa na sede nacional do partido em São Paulo, onde aconteceu a reunião na manhã desta quarta (30). “Para que isso se dê é preciso que haja uma maioria congressual e que a sociedade entenda que a crise política precisa ser debelada para que a economia volte a crescer”, emendou o presidente da sigla.
O discurso segue a linha que Lula defendeu na reunião de mostrar que a reforma é necessária não para conter o impeachment, mas porque o país exige um outro grupo político para trazer reações para a crise.
Falcão criticou novamente a “seletividade” dos vazamentos da operação Lava Jato.
Na terça (29) foram revelados e-mails trocados entre executivos da Odebrecht indicando que Lula agiu em defesa de interesses da empresa na África e América Latina. “Isso é uma aberração.
Lula fez isso quando era presidente e faz agora, diz ele, com muito orgulho.
Isso não é ser favorecido por ninguém, é criar empregos inclusive aqui no Brasil”, afirmou Falcão Segundo o presidente do PT, os vazamentos que têm como alvo o partido, Dilma e Lula tentam “barrar qualquer possibilidade” do ex-presidente voltar a ser candidato em 2018.
DEFESA DO PT NO DIA 3 DE OUTUBRO Outra pauta da reunião foi a mobilização nacional que o PT está organizando com outros participantes da Frente Brasil no dia 3 de outubro em todos estados o país.
A secretária nacional de mobilizações, Maristella Mattos, uma das organizadoras das ações, entregou no encontro desta quarta a Lula e ao presidente do partido um plano com as informações de onde a militância estará presente na data do ato.
Segundo ela, em alguns estados haverá também mobilização no dia 2.
Além do PT, a Frente Brasil é formada também MST, CUT, UNE, entre outras entidades.