Uma semana depois de o PSDB do Recife orientar os correligionários a abandonarem cargos na gestão Geraldo Júlio, em uma primeira ação para as eleições de 2016, o PSDB Nacional avoca para si a palavra final sobre as alianças.
Pode ser bom ou ruim para o deputado federal Daniel Coelho, do PSDB, a depender do encaminhamento do partido.
Tanto pode corroborar como melar as pretensoes.
A conferir.
No Estadão O governador Geraldo Alckmin e o senador Aécio Neves, dois dos principais líderes do PSDB, se uniram em uma tentativa de esvaziar o poder dos diretórios municipais da sigla na organização de consultas prévias a filiados e na montagem dos palanques para as eleições do ano que vem.
Depois de uma articulação que envolveu interlocutores dos dois tucanos, Aécio, presidente nacional do partido, determinou que a organização das campanhas nos municípios com mais de 100 mil habitantes em todo o País será “acompanhada” por uma comissão nomeada pela Executiva.
A medida atingirá diretamente os diretórios municipais do partido em São Paulo, Salvador e Recife, capitais onde os tucanos enfrentam divisões internas para a escolha de seus candidatos a prefeito em 2016.
Apesar do apoio de Alckmin, a decisão de Aécio de intervir nos diretórios municipais encontra resistência no PSDB.
Em Recife, por exemplo, tucanos temem que seja imposta uma aliança com o PSB, que ocuparia a cabeça da chapa.
Em Salvador, o PSDB local gostaria ter candidatura própria, mas Aécio está inclinado a apoiar a reeleição de ACM Neto (DEM).
Aécio e Alckmin têm interesses específicos, mas ambos concordam que o PSDB precisa estar com PSB, DEM e PPS em algumas cidades importantes já com vistas às eleições nacionais de 2018.
O deputado paulista Silvio Torres, secretário-geral do PSDB e aliado de Alckmin foi o escolhido por Aécio para apresentar as propostas em reunião da Executiva na semana que vem.
A regra também valerá para cidades menores, mas que tenham retransmissoras de TV e, portanto, horário eleitoral gratuito e obrigatório. “Vamos acompanhar mais de perto a montagem das coligações.
Entre as atribuições que têm a Executiva Nacional está a de disciplinar eventuais disputas de prévias”, afirmou o diretor de gestão corporativa do PSDB, João Almeida.
O governador de São Paulo apoiou a ideia.
Em contrapartida, Aécio chancelou a iniciativa do diretório estadual paulista de implodir o processo de antecipação das prévias na capital do Estado.
O senador comunicou pessoalmente ao presidente do diretório paulista do partido, Pedro Tobias, que apoiaria a iniciativa.
E foi além. “Ele gostou tanto da ideia que resolveu fazer igual no Brasil inteiro.
Os diretórios estaduais não podem ver o processo de camarote”, disse Tobias, que vai participar da reunião da Executiva do partido, em Brasília, de formalização da iniciativa.
A articulação causou reações entre os tucanos do maior colégio eleitoral do País, e onde a sigla esta dividida. “Estão propondo uma intervenção branca no diretório municipal.
O diretório estadual, usando o guarda chuva do nacional, tirou o poder de regular as prévias”, criticou o vereador Mario Covas Neto, o Zuzinha, presidente do PSDB da cidade de São Paulo.
Favorito Os aliados de Alckmin decidiram entrar em campo e frear a movimentação pela antecipação das prévias em São Paulo ao constatar que a pré-candidatura do vereador Andrea Matarazzo estava, nas palavras de um correligionário do governador, “encaixotando o cronograma” de 2016.
Primeiro nome a se apresentar como postulante a vaga de candidato, Matarazzo conseguiu o apoio da maioria dos diretórios zonais do PSDB na capital, dos vereadores da sigla e dos principais quadros tucanos de São Paulo.
Entre seus apoiadores estão o senador José Serra, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Aloysio Nunes.