Foto: Wilson Dias/Agência Brasil Foi lançada em Pernambuco, na última sexta-feira (25), a Frente Brasil Popular (FBP), uma articulação que nasce com o objetivo de unir movimentos sociais e sindical, entidades e partidos políticos que compartilham de propostas e ideias em defesa da democracia e pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. “O Brasil vive um momento especial, no qual as importantes transformações ocorridas, nos últimos anos, não podem ser perdidas.

O que se quer é unir forças do campo de esquerda, para defendê-las, mas também buscando avanços em muitas áreas que ainda têm lacunas”, diz Doriel Barros integrante do movimento.

De acordo com o movimento, as propostas apresentadas pelo cenário atual não atendem à pauta dos trabalhadores e trabalhadoras e a politica econômica do Governo Federal precisa ser corrigida, pois não é possível a implementação de um ajuste fiscal que penalize, mais uma vez, os mais pobres. “É preciso exigir mais de quem ganha mais.

Os mais ricos pagam menos impostos que os mais pobres, e esse é o resultado de um modelo capitalista que favorece apenas a elite. É preciso que seja assumida outra pauta, mas não se pode esperar essa atitude de um ministro da Fazenda que é filho do capitalismo”, diz Barros.

Ainda segundo o movimento, outra contradição é ter uma representante legítima do agronegócio, defensora dos latifundiários, como é a ministra Katia Abreu, fazendo parte de um governo que precisa implementar uma ampla reforma agrária, tendo em vista que o nosso país passou mais de 500 anos de exclusão social e de dominação dos grandes proprietários de terras. “A defesa intransigente dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras; a ampliação da democracia, com a participação popular nas decisões que envolvem a organização da sociedade brasileira; a promoção das reformas estruturais necessárias, a fim de garantir o desenvolvimento popular e democrático; e a defesa da soberania nacional, pelo fim da entrega das nossas riquezas naturais às transnacionais, a exemplo do pré-sal, são algumas dos temas centrais da Frente”, diz. “No dia 3 de outubro, momento em que haverá uma mobilização nacional, precisamos reunir o campo e a cidade nessa cruzada em defesa da vida.

Estamos na luta pelo respeito às decisões do povo, à soberania do nosso país e aos princípios democráticos”, concluiu.