Após ter as emendas propostas ao pacote fiscal do Governo derrotadas na votação que aconteceu nesta segunda-feira (28), a Bancada de Oposição na Alepe lamenta o curto prazo de tempo para discussão das medidas e cobra transparência.
Os parlamentares da Oposição se colocaram favoráveis ao debate, mas se opuseram ao aumento de impostos sobre a gasolina e a telefonia, por aumentar a inflação, e sugeriram maior escalonamento para a cobrança do IPVA. > Leia também: - Bancada da Oposição na Alepe garante apoio ao ajuste fiscal, mas não aceita aumento no imposto da gasolina e telefonia “Cumprimos nosso papel de apresentar o contraditório e promover o debate na Casa.
Infelizmente, esse pacote, que deveria estar sendo discutido há pelo menos dois meses, já foi a votações hoje, apenas dois dias úteis após chegar à Casa”, destacou o líder da Bancada, Silvio Costa Filho.
A deputada Teresa Leitão (PT), vice-líder da Oposição, destacou o esforço da Bancada para apreciar os projetos enviados pelo executivo. “Recebemos o pacote com um prazo mínimo para discussão, mas empreendemos um grande esforço para apreciar as medidas e dar nossa contribuição”, reforçou.
O deputado Edilson Silva (Psol), cobrou que o Governo deixe clara a destinação dos recursos. “Espero que essa receita extra aqui discutida siga para custear as cirurgias eletivas que estão sendo canceladas e para as escolas em tempo integral que estão reduzindo o expediente por falta de alimentação para os alunos”, disse.
GASTOS A Oposição também cobrou, mais uma vez, que o Governo deixe claro os cortes de gastos, que somaram R$ 290 milhões em nove meses, de um total prometido de R$ 920 milhões.
Durante a tramitação das propostas, a Bancada apresentou ao secretário da Fazenda, Márcio Stefani, uma série de medidas para avaliação.
Entre as sugestões apresentadas, estão o corte do número de secretarias para 22, redução de 30% nos cargos comissionados, diminuição em 70% das verbas para publicidade e a revisão dos gastos com consultoria.
Após a votação desta segunda-feira, a Bancada de Oposição prometeu continuar discutindo a situação financeira do Estado e cobrando que o Governo faça sua parte no ajuste fiscal, cortando gastos. “É preciso que o Governo faça também a sua parte e diminua o tamanho do Estado, para que a conta não fique só para o bolso dos pernambucanos”, lembrou Costa Filho.