Da Folhapress O juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, transformou nesta sexta-feira (25) a prisão temporária do lobista ligado ao PMDB, João Augusto Rezende Henriques, em preventiva, portanto sem prazo para ser libertado.

O Ministério Público Federal já havia pedido a prisão preventiva de Henriques na última fase da Operação Lava Jato, mas Moro só permitiu a prisão temporária na ocasião.

O engenheiro é acusado de ser operador do partido na diretoria Internacional da Petrobras.

Ele foi preso temporariamente na última segunda (21). > Leia também: - Lobista preso na Lava Jato nega propina e diz não conhecer Cunha - Juízes federais afirmam que Lava Jato já recuperou R$ 1 bilhão Um dos delatores da Lava Jato, Eduardo Musa, disse que Henriques era ligado ao PMDB e atribuía a si a indicação de Jorge Zelada ao posto de diretor.

O lobista teria dito a Musa que a palavra final cabia ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Moro citou a existência de contas secretas no exterior como um dos motivos para decretar a preventiva. “O acusado vinha mantendo escondida a própria existência de contas secretas no exterior e nas quais manteria ativos decorrentes de pagamentos de propinas.

Apenas a busca e apreensão realizada no dia 21/09 revelou a existência dessas contas, em seguida parcialmente admitida pelo acusado”, diz o despacho do juiz.