O cantor gospel André Valadão, que está causando polêmica no Cabo de Santo Agostinho desde a semana passada, quando o Blog de Jamildo revelou que ele vai receber um cachê de R$ 200 mil, para gravar um CD e um DVD na cidade, neste sábado, cobrou apenas R$ 45 mil, em um show no mês passado, na cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, de acordo com Diário Oficial do Estado.

De acordo com um site local, o cantor gospel fez dueto com outro pastor e cantor chamado Fernandinho, que recebeu outra parte do cachê, totalizando R$ 95 mil, para a realização dos shows musicais da Marcha para Jesus, no dia 26 de agosto, em Campo Grande.

Os valores foram publicados no Diário Oficial do Estado da quinta-feira (20).

Veja aqui.

Os valores foram pagos pela FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul) e o evento aconteceu no dia do aniversário de 116 anos de Campo Grande.

A concentração será na Praça do Rádio Clube, a partir das 15h, com o bispo Robson Rodovalho.

Assim, a polêmica em torno da contratação do cantor gospel André Valadão pela Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho continua.

O presidente da Câmara Municipal do Cabo de Santo Agostinho, Mário Anderson da Silva Barreto, de posse das informações, acusa a prefeitura local de superfaturamento. “O prefeito Vado (PTB) e o cantor André Valadão tentaram a todo custo explicar o inexplicável.

Porém, nada justifica que um município que sofre de abandono e todas as mazelas dessa má gestão possa pagar R$ 200 mil para pagar um cachê, ou como define o cantor Valadão “uma ajuda, uma colaboração” de R$ 200 mil.

O mais grave é que esse show está superfaturado.

O município está pagando cinco vezes mais que o preço pago em agosto desse ano pelo Estado do Mato Grosso do Sul, que pagou apenas R$ 45 mil reais para que o cantor se apresentasse naquele Estado, no último dia 22.09.2015”, afirma. “O custo da produção é só o cachê de R$ 200 mil.

Vão gastar mais R$ 500 mil reais em estrutura de som, palco e iluminação para que, depois, o cantor venda e aufira os lucros de seu novo DVD.

Nesse caso, o apurado será lucro para o cantor André Valadão e para sua gravadora a Som Livre”, acusa.

Na avaliação do presidente da Câmara, o prefeito Vado deveria agir com bom senso e cancelar o show. “Os cofres públicos do Cabo de Santo Agostinho não podem ser vilipendiados. “Vamos pedir providências ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado para que ele seja responsabilizado por esse assalto ao erário.

A inflação do País vem crescendo, mas não ao ponto de um show de André Valadão sofrer uma majoração de 500% em dez dias.

Gostaria que o prefeito Vado fosse benevolente com o povo do Cabo como está sendo com o Pastor e Cantor André Valadão.

O povo de nossa Cidade sim, está precisando de ajuda”.

Na última segunda-feira (21), o Conselho de Pastores do Cabo também se pronunciou repudiando as críticas que vêm sendo feitas à Prefeitura por dar apoio ao evento.

Nesta quarta-feira (23), um grupo de pastores do município publicou uma nota convidando a comunidade evangélica a prestigiar a gravação do CD e DVD no próximo sábado (26).

Vice-prefeita do Cabo pede que cantor gospel André Valadão use cachê de R$ 200 mil para comprar cestas básicas O embate entre prefeito e vice é conhecido e já foi parar na justiça, após acusações de irregularidades na gestão. > Leia também: – Cantor gospel contratado para fazer show no Cabo por R$ 200 mil diz que verba é colaboração, não cachê – Promotora pública do Cabo instaura inquérito para investigar realização de show gospel com verba pública – Pastores defendem contratação de cantor gospel por R$ 200 mil pela Prefeitura do Cabo Após a denuncia do blog, no sábado passado, jornais de grande circulação noticiaram a polêmica contratação, sem dar o devido crédito, é óbvio, e até uma TV local foi até a cidade ouvir a população.