Foto: Alepe Em resposta ao líder do Governo na Alepe, Waldemar Borges (PSB), a Bancada de Oposição reafirmou que não aceita o aumento do imposto da gasolina e da telefonia, uma das propostas do pacote de ajustes fiscais do governador Paulo Câmara.

Borges afirmou que as contrapropostas da oposição acarretariam uma diminuição no valor gerado pelas medidas apresentadas da ordem de R$ 205 milhões.

O deputado Sílvio Costa Filho (PTB) garantiu o compromisso de contribuir com o Estado nesse momento de crise, apoiando mais da metade do pacote. “Esses R$ 205 milhões que eles apontam como perdas provocadas por nossas propostas poderiam ser compensados pela redução de gastos e outras alternativas já apresentadas pela Bancada de Oposição”, alega.

Ainda segundo o líder da oposição, o Governo do Estado se limitou a dizer que já cortou onde podia, mas não apresentou números detalhados de onde se deram esses cortes. “Mas infelizmente, o que observamos é que o ajuste fiscal apresentado, em duas etapas, pelo Governo não condiz com o esforço fiscal do Estado.

Tendo em vista que em nove meses, dos R$ 920 milhões anunciados, apenas R$ 290 foram efetivamente economizados”, compara Costa Filho.

O deputado ainda acusou o Governo de não realizar um debate mais aprofundado sobre os impactos fiscais das propostas e de enviar o pacote no final do prazo, sem condições de cumprir os ritos regimentais. “E mais que isso, de se promover o amplo debate na Casa e ouvir a sociedade civil organizada.

No entanto, ao invés de tentar obstruir, construímos um acordo para que as propostas tramitassem com celeridade”, destaca.

Em relação à perda de arrecadação para os municípios, Costa Filho reforçou que menores custos na máquina pública significaria mais dinheiro para apoiar os municípios. “Somente este ano, o Estado já gastou mais de R$ 40 milhões com a Arena Pernambuco, mas de R$ 25 milhões com publicidade e mais de R$ 10 milhões em consultorias, além de outros gastos já apontados pela Oposição, que poderiam ter sido destinados a áreas mais sensíveis à população, como saúde, segurança e educação”, avalia.