O vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Sílvio Costa, do PSC, antes mesmo do início da votação, subiu à tribuna e elogiou Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados e uma das lideranças do PMDB. “Todos sabem que sou crítico a Eduardo Cunha, mas hoje ele ajudou o Brasil”, declarou, depois de ter dito que perdeu a demagogia e a fala fácil, antes de ser vaiado.

Na hora em que os presidentes foram chamados por Renan a falar como faziam o encaminhamento, Leonardo Piciani, do PMDB do RJ, afirmou sim, que representava manter o veto de Dilma ao projeto do reajuste do Judiciário.

Ajuda do PMDB de Cunha Mais cedo, o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), disse ao Congresso em Foco que a bancada de 67 deputados do PMDB na Câmara viabilizaria a vitória do governo, nesta terça-feira (22), no Plenário do Congresso, onde esteve em curso a votação sobre vetos da presidenta Dilma Rousseff a 32 projetos aprovados nas duas Casa do Legislativo.

Ele disse que esperava “uma ou outra dissidência” – caso de Darcísio Perondi (RS) e Jarbas Vasconcelos (PE), que se declaram oposicionistas, mesmo em um partido da base, e até participaram do movimento pró-impeachment lançado em 10 de setembro.

No café da manhã do LIDE Pernambuco com os empresários pernambucanos, o governador Jarbas Vasconcelos fez duros ataques ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a quem ajudou a eleger.

Jarbas acusa Eduardo Cunha de conluio com o governo Dilma com ajuda do deputado Leonardo Picciani Jarbas adjetivou Cunha um bocado, chamando-o de corrupto e treloso, entre outras coisas.

O que mais chamou a atenção, entretanto, foi a acusação de que Eduardo Cunha faz jogo duplo, com o governo Dilma. “O Picciani foi cooptado pelo governo.

O pai dele é presidente da Assembleia do Rio de Janeiro.

O Pezão (governador do Rio, do PMDB) fez a artimanha, tem participado de sessões da CPMF.

No fundo, é um conluio com Cunha.

Ele pensa assim: os bestas acham que eu vou tocar (o impeachment).

Eu vou enrolar os bestas”, declarou, falando sobre os bastidores de Brasília.

Nesta terça-feira, por coincidência ou não, a coluna Painel, da Folha de São Paulo, informou que o vice Michel Temer, depois da recusa de indicar um nome para o ministério de Dilma Rousseff, aconselhou a presidente a discutir a indicação da Câmara com o líder Leonardo Picciani e Eduardo Cunha.

Bingo.

A petista rebateu que o presidente da Câmara rompeu com o governo, mas o vice a convenceu a fazer o aceno. “A recusa foi vista por peemedebistas como a consolidação do descolamento do vice em relação à presidente.

Sem um pedaço na Esplanada atribuído a ele, Temer fica “alforriado” para tomar as decisões que considerar convenientes, ponderam aliados próximos”, informa a coluna. “Hoje é a noite das incoerências.

PT quem te viu, quem te vê?

PSDB antes arrochava e agora quer aumento para servidores”, ironizou o líder do PSOL.

Já o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) cobrou há pouco do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, o início imediato da votação dos vetos presidenciais que foram objeto de destaques dos parlamentares.

Esses vetos (oito) serão analisados um a um, com votação pelo painel eletrônico.

Entre eles, vetos polêmicos como o que trata do reajuste dos servidores do judiciário. “Mais de 30 parlamentares já falaram até o momento e apenas um defendeu a manutenção dos vetos.

Na verdade, quanto mais se demora para começar a votação, mais o governo ganha, porque deputados e senadores estão deixando o plenário e quem quer derrubar os vetos precisa de 257 votos na Câmara e de 42 votos no Senado”, disse Caiado.

Já o deputado Caio Narcio (PSDB-MG) criticou a ausência de cerca de 100 deputados em Plenário.

Para ele, isso faz parte de uma manobra do governo para evitar o quórum mínimo de 257 deputados, necessário para a derrubada de vetos presidenciais. “Não se escondam em seus gabinetes a pedido de um governo covarde que não respeita a democracia”, disse