Na Rádio Jornal, Delcídio Amaral (PT-RS) diz que o quadro mudou na Câmara, mas é preciso consolidar maioria após manutenção dos vetos.

Foto: Pedro França/ Agência Senado O senador Delcídio Amaral (PT-MS), líder do governo Dilma no Senado, celebrou, horas após o fim da sessão do Congresso Nacional que manteve vetos da presidente Dilma Rousseff (PT) a projetos considerados “pautas bomba” para as contas da União, a vitória governista, mas avaliou que ainda é preciso trabalhar muito para superar o atual quadro de crise política. “Eu sou muito pé no chão.

Nós ainda precisamos trabalhar muito para consolidar essa posição.

Eu acho que ufanismo e contar vantagem nessa altura do campeonato não há condições de que a gente consolide e cristalize essa posição”, disse o senador.

Em entrevista ao programa de Geraldo Freire na Rádio Jornal, na manhã desta quarta-feira (23), ele comentou a manutenção de 26 dos 32 vetos da presidente Dilma Rousseff (PT).

A sessão foi encerrada na madrugada e os últimos itens a serem analisados serão remarcados. “O governo mostrou que tem força na Câmara.

Precisávamos dar uma resposta ao mercado de que temos controle na casa”, disse o senador.

A votação chamou a atenção do país e do mercado financeiro, pois mediu a capacidade do governo de aprovar medidas no parlamento, em um dia em que o dólar rompeu a barreira dos 4 reais.

O petista lembrou do esforço pessoal da presidente em negociar com os parlamentares e também lembrou que grandes nomes do setor empresarial temiam a queda dos vetos e o aumento de gastos em um momento delicado de crise econômica. “Estava se apresentando um quadro de descontrole.

E o governo mostrou que não.

Avançamos no Congresso”, afirmou.

Quando indagado sobre a possível perca de força do movimento pelo impeachmeant, o senador afirma que ainda é cedo para falar em maioria parlamentar. “O governo avançou, mas ainda tem muito trabalho para ter maioria no Congresso”, declarou.

Sobre a reforma ministerial, que pode ser anunciada nesta semana, Delcídio diz que é importante recompor a base aliada: “Temos um governo de coalizão, precisamos de vários partidos para governar o país.

A reforma ministerial fará uma dança das cadeiras”.